uBeam, um sistema eficiente de recarga sem fio

Tecnologia

O anúncio de que o Apple Watch está adaptado para recarga sem fio trouxe novamente à tona a discussão sobre o desenvolvimento desta tecnologia, que tem sido deixada de lado há anos.

O carregamento sem fio oferece a possibilidade de eliminar grande parte dos cabos, adaptadores de tomadas, entre outros, mas por que o sistema não se popularizou? De acordo com a Reuters, o problema é simples, existem três padrões para o mesmo tipo de tecnologia, e todos os apresentados até agora possuíam limitações quanto à área de cobertura, inviabilizando a produção em grande escala.

É exatamente neste ponto que a empresa uBeam se diferencia. A companhia fundada pela estudante Meredith Perry, de apenas 25 anos, anunciou um sistema que consegue carregar qualquer gadget dentro de uma sala, ou de um estádio de futebol, por exemplo, mesmo que o usuário esteja em movimento.

Segundo o jornal The New York Times, a tecnologia converte eletricidade em som e envia este áudio pelo ar por meio de ultrassom. Para que o aparelho seja carregado, basta adaptar um conversor que faz o caminho inverso, transformando o som em energia elétrica. “Este é o único sistema de alimentação sem fio que permite que você use o telefone e se mova em um cômodo livremente enquanto o aparelho é recarregado”, afirma Perry.

A tecnologia foi apresentada pela estudante em uma competição universitária, mas ela já trabalha em um protótipo funcional que possa ser levado até o consumidor. As estações de recarga da uBeam são finas, com menos de 0,5 cm de espessura, e podem ser colocadas nas paredes ou adaptadas como parte da decoração. Uma das únicas limitações é que o ultrassom não é capaz de passar pelas paredes, logo seria necessário ter vários pontos para que toda a casa estivesse coberta, por exemplo. Porém, isso não parece ser um problema para Perry, que revelou que está desenvolvendo dois produtos iniciais, um para lugares pequenos, como residências, e outro para estádios, aeroportos e até salões de conferência.

Outro ponto positivo da implementação desta tecnologia seria o impacto direto no tamanho das baterias dos eletrônicos, que poderiam ficar bem menores. De acordo com a estudante, a partir do momento que seu aparelho é carregado constantemente, não é preciso ter uma bateria com alta capacidade de armazenamento. Além deste benefício, ela afirma que o sistema é capaz de transmitir dados de modo seguro, sendo compatível com a Internet das Coisas” – ou seja, objetos do dia a dia que podem ser controlados pela web ou por smartphones.

Para chamar a atenção para o produto, Perry pretende espalhar seus transmissores em lugares públicos movimentados, vendendo diretamente aos consumidores e às grandes redes de hotéis e restaurantes. “Além de Wi-Fi gratuito, a cafeteria que você visita terá uBeam gratuito”, afirma.

Por que o uBeam se diferencia?

Durante o Consumer Electronics Show (CES), em janeiro deste ano, diversas empresas apresentaram os sistemas que estavam desenvolvendo para o carregamento de eletrônicos sem fio, e a aposta da edição deste ano foi a tecnologia de ressonância. Porém, as empresas participantes não conseguiram apresentar nada parecido com o que foi anunciado por Perry.

De acordo com o Olhar Digital, até aquele momento o sistema mais popular entre os desenvolvedores era o indutivo, em que o carregamento é feito com duas bobinas perfeitamente alinhadas, uma na fonte de energia e outra no dispositivo. Porém, cada par carrega apenas um aparelho por vez. Já a tecnologia de ressonância permite carregar aparelhos diferentes ao mesmo tempo, e também conseguiu ampliar a área de cobertura do sistema.

Segundo o Tecnoblog, também notou-se durante o evento que a maioria dos desenvolvedores estão dedicados a produzir tecnologias compatíveis com o sistema Qi, padrão de carregamento por indução que foi selecionado por uma aliança de fabricantes, entre eles Nokia, Philips, Sony e LG.

Concorrência

Durante a CES, diversas empresas apresentaram suas pesquisas, e o que poderiam colocar no mercado nos próximos anos.

A ConvenientPower demonstrou um sistema compatível com a tecnologia Qi, totalmente baseado na ressonância. O projeto é capaz de alcançar uma distância de 1,8 centímetro, o que foi considerado um avanço, já que era 3 vezes mais potente que todas as outras soluções apresentadas até o momento.

Já a WiTricity apresentou um sistema desenvolvido a partir de ressonância capaz de recarregar até dois aparelhos ao mesmo tempo, basta colocar o gerador embaixo de uma mesa e os gadgets sobre ela, desde que estejam bem próximos.

O que você acha destas novas tecnologias? Seria um adeus definitivo à sensação de pânico quando vemos que a bateria está acabando?

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2 Respostas para uBeam, um sistema eficiente de recarga sem fio

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