Por que as pessoas não estão mais comprando tablets?
Em 2014, a indústria dos tablets irá gerar uma receita de aproximadamente 250 milhões de dólares, se fortalecendo como um dos maiores mercados de venda de eletrônicos, atrás apenas dos smartphones. Então, por que estaríamos falando sobre uma possível crise?
Apesar dos números impressionantes, os fabricantes estão preocupados com as quedas no setor, principalmente após três anos de crescimento explosivo. Mas este seria mesmo um sinal de crise, ou apenas de estabilização? Para tentar entender um pouco melhor o mercado, Ben Taylor, da coluna FindTheBest, da revista Time, citou os cinco principais motivos para a queda na venda desse tipo de gadget:
1. Ninguém sabe para que servem os tablets
É um dispositivo para lazer, ou para trabalho? Os fabricantes têm apostado na segunda opção, criando gadgets que podem facilmente substituir os computadores em diversas situações. É crescente o número de aparelhos com capacidade para tomar notas, organizar e editar arquivos, como o novo iPad Mini 3, que possui aplicativos para edição de fotos.
Por outro lado, os produtos mais vendidos pela Amazon são aqueles com telas menores, e recursos de trabalho comuns. Pelo visto, os consumidores procuram aparelhos simples, para navegar na internet, e não montar apresentações de trabalho, mesmo que os fabricantes gastem milhões desenvolvendo outras funções.
2. Os phablets estão em alta
Em 2010, quando foi lançado o primeiro iPad, o formato se encaixava perfeitamente nas necessidades dos consumidores, já que o aparelho possuía uma tela maior que a dos smartphones e era muito mais leve que os notebooks. Na época, o telefone com maior display não ultrapassava as 4,5 polegadas.
Hoje, os celulares são mais ágeis, e 80% dos modelos possuem telas maiores do que em 2010. Além disso, temos os phablets, com telas gigantes, como o iPhone 6 Plus e o Galaxy Note, de 5,5 polegadas. Com esta mudança, o tablet perdeu seu principal diferencial, e, consequentemente, parte considerável do mercado.
3. Modelos antigos são bons o suficiente
Quando os tablets foram lançados, imaginava-se que a troca dos aparelhos se daria no mesmo ritmo que a dos celulares. Porém, passados alguns anos, ficou claro que não seria bem assim.
Enquanto os smartphones passam por centenas de ciclos de recarga de bateria, recebem diversas fotos e aplicativos, e são jogados de um lado para o outro, os tablets são usados com menos frequência e mais cautela – para ver um filme ou ler um livro –, são recarregados menos vezes e dificilmente recebem tantos aplicativos e documentos. Em 24 meses, os smartphones geralmente já apresentam riscos e pouca capacidade de memória, enquanto os tablets parecem recém-saídos da caixa.
Percebe-se facilmente que o ciclo de renovação dos dois aparelhos é completamente diferente. Talvez o do tablet se iguale ao de uma televisão, trocada a cada quatro ou cinco anos.
4. Não há um diferencial nos aplicativos
Inicialmente, um dos atrativos dos aparelhos era a possibilidade de ter jogos e outros aplicativos projetados especialmente para eles. Com isso, os usuários teriam muito mais recursos disponíveis do que nos smartphones, mas não foi isso que aconteceu.
Para conseguir manter os preços dos apps baixos, os desenvolvedores perceberam que seria necessário vender em grande volume, e isso não acontece nesse tipo de plataforma. A solução foi projetar aplicativos compatíveis com tablets e smartphones, tirando do primeiro o caráter de exclusividade.
5. Falta concorrência para a Apple
Apesar do mercado de smartphones ter ficado extremamente competitivo com a entrada de empresas como Samsung, Microsoft e Xiaomi, quando se trata de tablets a Apple é absoluta. A empresa vende aproximadamente 75% mais do que o seu concorrente mais próximo, a Samsung, e o iPad continua reinando tranquilamente.
Mesmo com a entrada do Microsoft Surface no mercado, não há sinais de que o cenário vá mudar nos próximos anos. Com isso, a Apple fica em uma situação confortável, e pelas poucas atualizações no último iPad Mini 3, percebe-se que ainda há um longo caminho a ser percorrido.
Leia também: E-reader x Tablet: qual escolher?
——————————————————————————————-
A Magic Web Design desenvolve, desde 1996, soluções completas para empresas de todo o Brasil nas áreas de internet e multimídia, com web sites, gerenciamento de mídias sociais, sistemas on-line, lojas virtuais (e-commerce), apresentações multimídia e diversos outros serviços.
https://www.redemagic.com/
Pingback: Por que as pessoas não estão mais comprando tablets? - MODA NA SUA REAL