Como funciona a censura da internet na China
O mais populoso país do mundo, a China não é exatamente o melhor lugar para se viver. Um dos principais motivos disso é, sem dúvida, a censura implementada pelo Partido Comunista, que domina a vida pública de lá; pelo menos 50 mil profissionais participam ativamente do processo, enquanto outros 300 mil colaboram indiretamente. E muito mais que “apenas” afetar a liberdade de expressão dos meios de comunicação de massa, o governo do gigante asiático também controla a vida virtual da população através da mais intensa e sofisticada censura de internet do planeta.
O sistema emprega, além de todas as pessoas, diversas ferramentas diferentes de software e hardware para tentar proibir que internautas chineses acessem conteúdos ou sites com certas palavras consideradas “perigosas” pelo governo. Esse conjunto de tecnologias recebe o nome de “Escudo Dourado” e é conhecido também como “O Grande Firewall da China” (em alusão à “Grande Muralha da China”). De acordo com estudo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos, pelo menos 18 mil sites são bloqueados no país, incluindo gigantes como YouTube e Facebook. E tem mais: existem atualmente mais de 50 pessoas presas por atividades de comunicação on-line na China.
Quanto aos tais “assuntos perigosos”, engana-se quem acredita que os censuradores chineses se concentram apenas em remover da internet críticas políticas. Temas relacionados a sexo e questões que possam gerar polêmicas (como religião, drogas e homossexualidade) também não são bem vistos. O que mais assusta o governo, porém, são as ações coletivas, mesmo quando totalmente apolíticas; qualquer conteúdo que instigue ou de alguma forma se relacione a algum tipo de reunião de pessoas é barrado.
Para o cientista político Gary King, que realizou pesquisas em torno dos padrões de censura em mídias sociais na China, o Partido Comunista do país promove o maior ato de restrição à liberdade de expressão da história da humanidade. Ele e sua equipe conduziram dois estudos: no primeiro analisaram publicações de 1.382 sites chineses, visando descobrir como foram censurados 11 milhões de posts sobre 85 temas diferentes; e no segundo disfarçadamente criaram contas falsas em 100 sites de mídias sociais e publicaram conteúdos específicos para ver quais seriam barrados. Além de verificar a eficiência militar do sistema, que removeu os posts em cerca de 24 horas, o trabalho comprovou que os líderes chineses realmente se preocupam mais com possíveis manifestações que com críticas ao governo.
Segundo King, apesar de tudo, pouca coisa difere o sistema chinês do norte-americano. Empresas como Google e Facebook são obrigadas por lei a monitorar e censurar conteúdo ilegal na internet (pornografia infantil, por exemplo) e o governo tem a capacidade de pressionar as companhias para obter as informações que deseja. E isso ficou claro com o caso do monitoramento de dados da NSA.
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