Na Campus Party, um dos maiores eventos de tecnologia do Brasil, Mauricio Cid, blogueiro à frente do Não Salvo, foi desafiado a falar sobre como as notícias falsas são criadas na internet. Deixando de lado o discurso, ele resolveu mostrar na prática. Em poucos minutos – com a ajuda de alguns colegas – conseguiu colocar a hashtag #RIPseubarriga no TT’s do Twitter.

A mentira criada por Cid – e outras, como a morte do David Guetta – coloca em discussão o real valor dos trending topics. Se é possível manipular o que vai ser discutido, a afirmação da rede, dizendo que os TT’s “ajudam as pessoas a descobrir quais são ‘as últimas histórias’ ao redor do mundo”, não estaria um pouco equivocada?

Dick Costolo, atual CEO do Twitter, disse que os TT’s – assuntos mais comentados da rede – são editados. “Os tópicos são algorítmicos, não são escolhidos por nós, mas editamos aqueles com obscenidades, e gostaria de ver aqueles claramente ofensivos de fora também”, explica. O que isso significa? Significa que, quando um assunto não convém para a empresa (Twitter), ele cai fora.

Esse “serviço” de edição, que muitos veem como uma “censura mascarada”, tem gerado polêmica, já que no Termo de Uso do Twitter está explícito que a rede social não se responsabiliza pelos conteúdos de terceiros.