A Globo Comunicações e Participações S.A. acaba de conquistar o primeiro domínio personalizado do Brasil. A partir de agora, todos os sites da empresa poderão utilizar com exclusividade o generic top-level domain (gTLD) “.globo” ao invés das tradicionais terminações “.com” e “.org”.

Como vantagem, a medida ajudará na identificação de páginas falsas na web. Segundo Rodrigo Azevedo, coordenador da área de Tecnologia da Informação, da Silveiro Advogados, os domínios personalizados são úteis principalmente na repressão a fraudes virtuais. “Usar um domínio superior com a marca da empresa pode ser útil na prevenção a esses crimes. Assim, tudo o que estivesse publicado abaixo de “marca X”, por exemplo, seria conteúdo oficial da “marca X” diferentemente de outros endereços no .com ou no .com.br”, explica ao portal Consultor Jurídico.

Uma prática recém-surgida pode vir a provar que os críticos da criação de domínios .xxx, aqueles que veiculam somente conteúdo adulto, estavam certos.

Segundo informações da Easypspace, uma das maiores empresas de registros da Inglaterra, somente 20% das empresas participando da rodada de pré-registros da extensão querem efetivamente comercializar produtos ligados ao universo adulto.

Esta semana, a Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN) aprovou uma convenção que permite que empresas, cidades e organizações registrem seus próprios domínios na internet.

“A ICANN abriu o sistema de domínios da internet às ilimitadas possibilidades da imaginação humana. Ninguém pode prever aonde nos levará essa decisão histórica”, disse Rod Beckstrom, presidente e chefe-executivo da organização.

Considerada um dos maiores marcos na história da web, a iniciativa foi anunciada pela própria ICANN no dia 20 de junho, em um comunicado emitido ao final da reunião realizada em Singapura. Com a maioria dos votos (13 de um total de 16), a partir de janeiro de 2012, os domínios na internet podem terminar com o nome da empresa, cidade, etc, em vez de .com, .net ou .org, por exemplo.