Snapchat: do sexting ao marketing
Selecione uma foto ou um vídeo, adicione texto ou faça um desenho e envie para a sua lista de contatos. A diferença para qualquer outro aplicativo é que a imagem poderá ser vista apenas uma vez, por até 10 segundos, autodestruindo-se em seguida. Essa é a proposta do Snapchat, app mobile com 5 milhões de usuários ativos que recentemente recusou a modesta oferta de compra de US$ 3 bilhões por parte do Facebook (cerca de três vezes maior ao valor pago pelo Instagram em 2012).
A intenção da dupla de universitários que criou o app era tornar os conhecidos emoticons mais personalizáveis, dando chance às pessoas de mostrarem suas expressões, a fim de que as caretas não caíssem na rede em forma de meme ou piada. Portanto, foi implementada a função de “autodestruição”, impedindo que o material compartilhado fosse salvo nos smartphones, podendo ser visualizado por apenas alguns segundos – sim, você já está pensando em sexting, a prática de enviar fotos em poses sensuais para parceiros!
A recusa chamou a atenção da mídia, afinal, não é sempre que estudantes têm a chance de vender um app, que nem ao menos tem faturamento, por US$ 3 bilhões. Segundo Evan Spiegel, cofudandor do aplicativo, o objetivo é conquistar mais usuários para elevar o valor do Snapchat no mercado para, só então, pensar em vendê-lo.
Segurança total?
Crianças e adolescentes dominavam o Facebook até que seus pais, parentes e professores surgissem na rede, inibindo suas postagens e compartilhamentos. Aplicativos como o Snapchat e o Instagram se transformaram então em um refúgio para o público teen, que hoje utiliza redes sociais de imagem para interagir com amigos.
Apesar de o Snapchat ser caracterizado pela função de “autodestruição” da mídia nele enviada, as fotos e vídeos não estão completamente livres de compartilhamento. É possível, por exemplo, capturar a tela (printscreen) e a única defesa do app é identificar que isso foi feito e avisar o remetente. Não se pode impedir ainda que outra câmera ou celular grave o conteúdo que é mostrado no aparelho, tornando o aplicativo menos seguro do que pode parecer à primeira vista.
Enquanto que a maioria dos usuários utilizam o Snapchat para compartilhar caretas, fotos engraçadas e situações do dia a dia, vale lembrar que parte das mais de 350 milhões de fotos e vídeos compartilhadas diariamente, de acordo com a Nielsen, certamente envolvem sexting, pornografia, uso de drogas e outras atividades ilegais.
Como empresas usam o Snapchat
Como um aplicativo tão pessoal pode ser utilizado por marcas? Seguindo os passos do marketing no Instagram, empresas já começam a fazer uso do Snapchat utilizando estratégias de conteúdo exclusivo.
Marcas como a rede de fast-food Taco Bell e a MTV UK já se aproveitam do poder de “autodestruição” das mídias no aplicativo para anunciar promoções, dar dicas sobre novos produtos, trazer imagens exclusivas e, claro, fazer humor. Se antes o desafio era comunicar em 140 caracteres, agora se tem 10 segundos para criar!
Veja também: Marketing nas mídias sociais: quantidade ou qualidade?
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