Vine, o Instagram dos vídeos
As fotos podem não ser mais as vedetes das redes sociais. No ano passado, o Twitter anunciou a compra do aplicativo Vine, que permite a gravação de pequenos vídeos, no máximo com seis segundos, e que desde janeiro, quando ocorreu a divulgação oficial do aplicativo, já vem ganhando adeptos no universo on-line.
O aplicativo funciona como uma rede social própria, na qual é possível ter um perfil e seguir outros internautas. No entanto, como mantém integração com o Twitter, é possível compartilhar o conteúdo no microblog e também no Facebook.
Não demorou e a rede ganhou adeptos no ambiente on-line, permanecendo na lista dos aplicativos mais baixados da AppStore. Grandes empresas como CNN, Fox, Calvin Klein, GE e celebridades como Paul McCartney já criaram suas contas para aproveitar a nova “rede social.”
Segundo a especialista em redes sociais Raquel Recuero, as inovações on-line precisam ter sentido na vida dos internautas. Para ela, “sempre tem espaço para novidades como essa desde que as pessoas encontrem valor naquele determinado serviço”.
Mas como já é comum em redes sociais, mesmo com poucos meses de vida o Vine foi motivo de polêmica e discussão em fóruns na internet. O vazamento de pornografia logo na primeira semana tornou-se preocupação para o Twitter, que poderia ter o aplicativo removido da AppStore, já que as políticas da loja on-line não permitem programas com conteúdos apelativos. Como medida, a rede bloqueou a busca por conteúdo pornográfico por meio das hashtags no aplicativo e complementou a informação de que o usuário precisa ter mais de 17 anos para baixá-lo.
Mas isso não afastou a criatividade dos internautas, que demonstraram o potencial que a nova rede possui. Um grupo de jovens na Inglaterra, por exemplo, criou uma história em quadrinhos feitas com cenas gravadas no aplicativo; já Elizabeth Holmes, do Wall Street Journal, realizou a cobertura jornalística de um evento de moda utilizando o Vine para postar vídeos dos bastidores e resumos dos desfiles.
Mas provavelmente a ideia mais inusitada até o momento foi a distribuição de um filme através do Vine. Como estratégia de marketing, trechos de 6 segundos do filme It’s a Disaster foram publicados no Twitter da distribuidora independente Oscilloscope Laboratories meses antes do lançamento nos cinemas, previsto para 12 de abril. Depois de reclamações pelo excesso de publicação, o perfil divulgou que a distribuição continuaria no Vine: “paramos de twittar, mas continuamos fortes no Vine!”.
Se fosse para publicar o filme completo, intenção inicial, seriam precisos 880 vídeos feitos com o aplicativo, pois o tempo estimado da produção é de 88 minutos. Bruce Farnsworth, representante da produtora responsável pela façanha, comentou que “a partir do momento em que foi lançado (o Vine), ficou claro que vídeos de seis segundos em looping, editados no telefone e postados em tempo real, seriam o futuro da distribuição de filmes”. Mas, percebendo que os usuários não gostariam de assistir a um filme com qualidade e som ruins, o diretor do longa, Todd Berger, comentou que a estratégia foi por diversão e publicidade, afirmando que também não gostaria de ver um filme gravado em trechos de 6 segundos.
De um ponto de vista comercial, o Vine pode trazer novas experiências para anúncios personalizados. Pelo lado pessoal, traz em sua essência a nostalgia que os gifs animados também proporcionam, porém, com mais personalidade e sons. E assim como os poucos caracteres do microblog, os seis segundos são motivo para despertar a criatividade, fatores que poderão fazer do Vine o novo fenômeno da internet.
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