Facebook – uma história

Mídias Sociais

No dia 4 de fevereiro de 2012 o Facebook vai completar 8 anos. Apesar da pouca idade, a rede social, criada em 2004 por Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes, já é um dos sites mais visitados do mundo, segundo o ranking Alexa, serviço que mede a popularidade de um site. Por isso hoje, no blog da Magic Web Design, vamos contar um pouco dessa história repleta de intrigas, processos judiciais e dinheiro. Muito dinheiro!

Como a rede surgiu…

Mark Elliot Zuckerberg, enquanto estudava em Harvard, iniciou um projeto com seus amigos. Como retratado no filme The Social Network (A Rede Social, em português), do diretor David Fincher, os amigos passaram dia e noite sentados na frente de um computador com a intenção de criar uma plataforma on-line para troca de informações.

No começo, assim que criada, a rede podia ser acessada apenas por alunos de Harvard. Depois de um tempo, estudantes da Ivy League – grupo de oito universidades dos Estados Unidos – também passaram a ter acesso.

Início de uma batalha

Logo que o Facebook começou a ganhar os holofotes, Divya Narendra, Cameron Winklevoss e Tyler Winklevoss, proprietários do site Harvard Connection, processaram o Facebook, alegando que Zuckerberg havia pegado o código-fonte do site deles. A ação, apesar de conturbada, não deu em nada.

Novos parceiros

Logo após o início do projeto “Facebook”, os jovens se mudaram para Palo Alto, na Califórnia, e se juntaram a Adam D’Angelo e Sean Parker, cofundador do Napster.

Aberta ao público

Em 2006, graças ao número de adesões nas universidades, Mark e seus parceiros decidiram liberar a entrada de instituições de outros países e alunos secundaristas. No dia 11 de setembro de 2006, quando os ataques às torres gêmeas completavam 5 anos, o Facebook deixou qualquer um participar da “brincadeira”.

Investimentos

No momento em que foi lançada e liberada ao público, a criação recebeu diversos investimentos. No começo de 2006, por exemplo, alguns empresários investiram 25 milhões de dólares.

Nesse mesmo ano um grupo tentou comprar o Facebook por 750 milhões de dólares. Ao recusar a venda, Zuckerberg e seus amigos estipularam um novo o preço para a empresa: 2 bilhões de dólares.

Em 2007, ano em que a empresa lançou diversos aplicativos, Li Ka-shing, 11º homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, investiu 60 milhões de dólares no Facebook. Nesse mesmo ano a Microsoft comprou 1,6% do Facebook por 240 milhões de dólares.

Um brasileiro por trás do Facebook

Quando a rede foi criada, Zuckerberg contou com a ajuda de alguns amigos, dentre eles o brasileiro Eduardo Saverin. Na época, os universitários não tinham noção da proporção que a plataforma iria tomar, mas quando a rede alcançou dimensões globais os cocriadores tentaram conquistar seus créditos pela criação do site.

Saverin foi um deles e em 2009 fechou um acordo com o Facebook avaliado em cerca de 40 bilhões de dólares, em que ele seria dono de 5% da empresa, e o direito a um crédito no expediente do site como cofundador.

Novidades

No decorrer da história do Facebook várias novidades surgiram, como o Facebook Ads (focado em marketing); o Facebook Pages (como se fosse um site empresarial dentro da rede);  o Facebook Insights (parecido com o Google Analytics); a Timeline (linha do tempo) e outras.

Timeline, uma revolução

Em 2011 Zuckerberg anunciou – com lágrimas nos olhos – uma mudança “radical” no Facebook. A Timeline, que não foi muito bem recebida — apenas 10%,  segundo a companhia de segurança Sophos, gostaram da mudança -, passou a documentar toda a vida dos usuários, desde seu nascimento, primeiro filho, conclusão do ensino médio, graduação, etc.  Além de um layout diferente, novos recursos passaram a integrar a rede.

O usuário passou a ter mais controle sobre o que é destaque em seu perfil, posts antigos e outras informações.

Atualidade

Mais de 850 milhões de usuários estão presentes na rede e esse número pode aumentar para um bilhão ainda em 2012.

Em meados de janeiro, segundo a imprensa norte-americana, o Facebook afirmou que vai entrar na Bolsa de Valores ainda neste ano.

Veja a “timeline” do Facebook

2004 – Mark Zuckerberg, Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughes lançam o Facebook.

2005 – O Facebook recebe dinheiro de diversos investidores. Nesse mesmo ano a rede compra o domínio facebook.com – que até então pertencia ao Aboutface – por 200 mil dólares.

2006 – O Facebook é definitivamente liberado para diversas universidades e escolas secundaristas. Em março, a rede recusa a oferta de 750 milhões de dólares e estipula seu preço em 2 bilhões.  Ainda nesse ano, recebe investimentos de 25 milhões.

2007 – A rede social lança sua API para desenvolvimento de app’s e outras ferramentas, como Facebook Ads, Pages, Insights, e faz sua primeira aquisição: a Parakey Inc, de Blake Ross e Joe Hewitt.  A revista Newsweek publica uma reportagem de capa sobre a empresa. O chinês Li Ka-Shing investe 60 milhões de dólares na rede.

2011 – O Facebook divulga que vai entrar na Bolsa de Valores.

Futuro

Com o anúncio de que vai entrar na Bolsa de Valores no mês de maio – na Nasdaq ou no New York Stock Exchange (NYSE), segundo a imprensa norte-americana -, o Facebook passaria ao patamar de maior IPO da história da internet. Zuckerberg, seus sócios e até os funcionários mais baixos na hierarquia da rede social vão colher belos frutos dessa investida, tanto que as imobiliárias do Vale do Silício, onde a empresa está instalada, já estão ” se preparando” para receber os novos milionários.

Apesar do enorme bolo de dinheiro que está para entrar no bolso dos funcionários – espera-se 5 bilhões de dólares -, a rede de Mark precisa descobrir uma maneira de se manter no topo. No final de 2011 o número de usuários ativos na rede cresceu apenas 5,6%, contra 10,5% do mesmo período de 2010.  Ou seja: muito ainda precisa ser feito.

Se os especuladores de Wall Street estiverem corretos, o Facebook pode chegar ao valor de 100 bilhões de dólares, um número recorde.

Você está sendo vendido

Sim. O Facebook, como qualquer outra rede social, vive de propaganda. Por isso, não é errado dizer que é você e seus 800 milhões de “amigos” que vão ser ofertados na Bolsa. Agora, com a oferta de ações públicas, vai ser possível verificar qual é o real valor do seu “curtir” ou do seu comentário. Quer chutar?

Veja também: Facebook vai lançar um navegador próprio?

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