Terceira idade: o público que mais cresce no Brasil
O envelhecimento da população é uma tendência mundial. A evolução da medicina proporciona novas curas e tratamentos – aumentando a expectativa de vida –, e o desenvolvimento de novas tecnologias oferece alternativas de ocupação. Entre 2015 e 2050, segundo a Organização Mundial da Saúde, a proporção da população mundial idosa vai passar de 12% a 22%.
No Brasil, a população de 60 anos ou mais começa a ser percebida em diversos aspectos: na parte do assistencialismo social, nos cálculos da reforma da previdência, como alternativa no mercado de trabalho e, claro, como forte público consumidor.
Hoje, são mais de 28 milhões de brasileiros nesta faixa, cerca de 13% da população. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) já prevê que este número vai dobrar nas próximas décadas.
Outras pesquisas corroboram. Segundo estudo da PwC Brasil, este processo está acelerado: em 11 anos, a população brasileira terá mais idosos do que crianças menores de 10 anos. Já de acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em 2060, um em três brasileiros será idoso.
O que idosos pesquisam no Google?
O envelhecimento da população pode ser notado, também, nas buscas realizadas no Google: nos últimos 4 anos, as pesquisas relacionadas a envelhecimento cresceram 13% ao ano, mais de 60% em relação a 2015.
Em 2018, a cada dois minutos foi realizada uma busca no Google com termos relacionados a envelhecimento. Para cada três pesquisas ligadas a termos como “bengalas para idosos”, já existem duas relacionadas a “celulares para idosos”.
O curioso é que, em pesquisa da Fundação Getúlio Vargas, sete em cada dez empresas brasileiras disseram acreditar que os mais velhos não acompanham as transformações tecnológicas. Acontece que, segundo o IBGE, um quarto dos brasileiros com mais de 60 já está conectado e ativo no ambiente online.
Mercado Consumidor 50+
Neste movimento, é certo que, estando mais conectados à internet e às redes sociais, esta faixa da população irá consumir mais informações, serviço e produtos. Porém, as marcas e segmentos precisam estar atentas a este público emergente. A pesquisa Mercado Consumidor 50+ mostra que 45% dos idosos se identificam com produtos do segmento de medicamentos, mas apenas 5% têm identificação com o setor de moda e vestuários, muito focado em atingir o público jovem.
Quanto ao consumo de informações e conteúdos, o YouTube é a plataforma preferida pelas pessoas entre 45 e 55 anos para consumir vídeos. Número três vezes maior que o segundo player, segundo a pesquisa Video Viewers.
Além disso, consumidores com mais de 55 compraram 1,4 vez mais celulares que a faixa entre 18 e 54 anos, na Black Friday de 2018.
Cadê a tampa da minha panela?
Com mais anos de vida e mais saúde para seguir em frente, os brasileiros idosos também estão focados no amor. Esta faixa da população busca 19% mais encontros online do que as de outros nove países pesquisados pelo Google.
Entre as buscas, “disfunção erétil” e termos relacionados, como “viagra” ou “viagra genérico”, aparecem cinco vezes mais do que “diabetes” e “colesterol” somados. Mais curioso ainda é que as buscas pelo termo “disfunção erétil” crescem acima de 20% ao ano desde 2015, e só em 2018 aumentaram mais de 30%.
Ainda em 2018, o site Coroa Metade, especializado em relacionamentos entre pessoas da terceira idade, foi procurado mais de 120 mil vezes, segundo o Google.
Espelho, espelho meu
Os cuidados com a aparência também aumentaram entre os brasileiros com mais de 60 anos. De 2017 para 2018, houve crescimento de 40% nas buscas relacionadas a “pele madura” – só no ano passado foram mais de 3 milhões.
Trabalho na terceira idade
Uma pesquisa chamada Towards a Longevity Dividend afirma que existe uma relação direta entre longevidade e produtividade no trabalho. Segundo o estudo, pessoas que já passaram por várias fases da vida e gastam menos tempo com atividades que exigem dedicação, como criar filhos ou buscar formação, acabam sendo mais comprometidas com o trabalho, além de mais rápidas e seguras para tomar decisões.
Neste ponto, o mercado ainda se contradiz: 9 em 10 empresas brasileiras acreditam que pessoas com mais de 50 têm mais equilíbrio emocional que os jovens, mas apenas 11% delas possuem programas de contratação de profissionais maduros.
De todo jeito, é preciso mudar a mentalidade, pois até 2040, segundo o Ipea, metade da força de trabalho no Brasil terá mais de 50 anos.
Independentemente das ações das empresas, as buscas online por emprego para a população idosa têm aumentado em mais de 30% desde 2015. No período da crise, entre 2016 e 2017, esta procura dobrou.
Uma alternativa muito cogitada por esta parcela da população são os negócios próprios. Segundo o estudo do Serasa Experian de 2018, uma empresa brasileira tem 24% mais chance de ser saudável se tiver sócios com mais de 60 anos. Além disso, entre 2002 e 2014, o número de empreendedores no Brasil cresceu 56% entre pessoas desta faixa de idade.
O que tudo isso quer dizer?
Que sua empresa precisa se preparar para esta nova realidade. Mesmo que o consumidor encontre o seu produto ou serviço depois de uma busca, ele geralmente requer mais informações exclusivas e personalizadas, que o ajudem em sua escolha, tais como características, benefícios e vantagens da compra. O seu cliente precisa ser convencido de que a sua marca é a melhor para preencher a busca que ele está fazendo.
Assim, é fundamental contar com profissionais capacitados durante todo o processo, e a construção de conteúdos relevantes é peça-chave para atrair usuários reais que se identifiquem com sua marca.
A Magic Web Design está no mercado há mais de duas décadas, com equipes de alta performance para implantar a estratégia mais adequada a você.
Entre em contato conosco para agendar uma conversa, será um prazer esclarecer as suas dúvidas.
Leia também: Exposição de dados dos usuários decreta morte oficial do Google Plus