Nas eleições 2012, Curitiba foi palco de uma grande surpresa. Ao contrário do que apontavam todas as pesquisas de opinião, Luciano Ducci (PSB), atual prefeito e candidato apoiado pelo governador do estado (Beto Richa, do PSDB), ficou de fora do segundo turno. Por uma margem de apenas 4.402 votos (menos de 0,5% dos votos válidos), o candidato Gustavo Fruet (PDT) roubou a vaga de Ducci na segunda etapa da votação, na qual enfrentará o candidato Ratinho Júnior (PSC), que confirmou as previsões e venceu o primeiro turno das eleições com pouco mais de 34% dos votos válidos.

O período eleitoral de 2012 está chegando e as equipes de marketing político já estão preparando as estratégias de comunicação dos candidatos, tanto nos meio tradicionais, como também na web.

Depois do caminho aberto por Obama, nas eleições de 2008 quando o atual presidente dos Estados Unidos foi fenômeno de populariade nas redes sociais, os políticos viram na internet uma forma de não apenas divulgar seu rosto e seu número, mas também de superar as expectativas dos cidadãos e estabelecer um diálogo, conseguindo mais votos.

Veja os números da campanha de Obama nas redes socais

No início dessa semana nos deparamos com um caso que mostra o perigo de uma postura incorreta de uma empresa com as suas contas nas redes sociais. Tudo aconteceu em Belém, no estado do Pará, quando uma empresa de turismo gerou revolta entre os usuários do Facebook após divulgar uma lista com os mortos em um acidente com ônibus da empresa concorrente. O acidente aconteceu na última segunda-feira (dia 16) e deixou 10 mortos e 42 feridos.

O Facebook está em constante fase Beta, sempre testando novas funcionalidade e mudanças no layout. Isso causa as mais diversas reações entre os usuários que, entre amor e ódio, acabam sempre se acostumando cada vez mais rápido com as mudanças. Mas não são apenas as pessoas que são afetadas, mas também as empresas que estão no Facebook.

As mudanças na fanpage, página para empresas do Facebook, foram as que mais causaram o amadurecimento das organizações dentro da rede social. Desde que o formato de timeline substituiu o formato estático cheio de guias, as marcas já não podem mais direcionar a navegação dos usuários para abas distintas de aplicativos, fotos, vídeos, promoções e outros.

O layout timeline tirou a importância das abas, deixando a maioria delas escondidas na página. A oportunidade de criar uma boa primeira impressão com uma imagem interessante pedindo para curtir a página não existe mais. Agora o que o usuário vê são as atualizações mais recentes e importantes, com suas respectivas interações.

Quando se fala em marketing os modelos mercadológicos tradicionais não são aplicáveis à internet. Fora dela, indivíduos são apenas receptores passivos das mensagens que as marcas emitem, e têm suas preferências e atitudes analisadas de maneira superficial e massificada. É um contexto no qual, simplificando muito, quanto maior a verba de comunicação, o custo de produção e a frequência da mensagem nas grandes mídias, maior o retorno para a empresa. Mas na internet a “brincadeira” entre marca e consumidor é mais equilibrada. Muito mais.