Luíza no Canadá e o marketing viral
Luíza, que já voltou do Canadá, apareceu em tweets de famosos, blogs, sites de notícias e até no Bom Dia Brasil, da Globo. Esse sucesso estrondoso, como todo mundo sabe, foi por conta de um comercial de apartamentos em que seu pai, o colunista social Gerardo Rabello, aparece reunido com toda sua família, “menos a Luíza, que está no Canadá”.
Mas por que uma frase tão simples gerou tanta repercussão? Será que tudo foi planejado ou foi o mero acaso? Hoje, no blog da Magic Web Design, vamos falar sobre a viralização de conteúdo e sobre o sucesso desse vídeo, “bebê”.
Como funciona um viral?
Antigamente, na época em que Mark Zuckerberg e outros gênios de Palo Alto ainda estavam na faculdade, a viralização de um conteúdo dependia apenas dos veículos de comunicação. Funcionava mais ou menos assim: a “informação bruta” era retirada de algum acontecimento na sociedade, “tratada” por um grupo de pessoas e “divulgada” por meio de veículos de comunicação.
Agora, tudo mudou! A informação “parte de uma pessoa” – no caso, o pai da Luíza –, é “avaliada positivamente” por um grupo e compartilhada por diversos meios, como as redes sociais. E é assim que o conteúdo passa a ser replicado e replicado, transformando-se em um meme, que no grego significa “imitar”.
Como um conteúdo se torna viral?
O viral, se levarmos em conta a medicina, é uma “doença” caracterizada por um vírus que em um curto espaço de tempo se propaga. Na comunicação, é basicamente a mesma coisa: é um conteúdo que é muito divulgado. Para se tornar viral, ele tem que chamar atenção das pessoas.
Mas como saber o que vai chamar atenção das pessoas?
Pode ocorrer de forma não proposital, como é o caso da Luíza, que já chegou ao Brasil; do “que deselegante”, da Sandra Annenberg; dos “bons drink” da Luisa Marilac e de outros milhares que ocorrem todos os dias.
Para esse tipo de situação ser viralizada, depende muito do contexto social e cultural e também dos “gatekeepers”, expressão que na comunicação significa o “porteiro”. Hoje em dia, os “porteiros” são usuários famosos que influenciam os outros, como o Não Salvo, Jacaré Banguela, Bobagento, Kibe Loco e outros.
Chamando atenção por meio do marketing viral
1º Na hora de produzir a mensagem, leve em consideração que você “não deve forçar a pessoa a gostar do conteúdo”, pois ela não é como uma criança, que ao receber um doce fica toda feliz.
2º Pense também em uma maneira de fazer o receptor da mensagem acreditar que o conteúdo que você está passando é de extrema importância e precisa ser compartilhado. Para chegar a esse ponto, é necessário pesquisar o receptor (público) em todos os aspectos.
Existem três tipos de públicos:
O suspect (não é o foco da campanha); o prospect (grupo que pode ser afetado pela campanha) e o target (o público-alvo). É imprescindível levar em consideração os três.
3º Por último, facilite a divulgação do conteúdo. Coloque o “compatilhar” do Faceboook, o link do Twitter, o +1 do Google Plus e de todas as outras redes sociais.
Viral é mais velho que sua avó
Você conhece contos de fadas, certo? O que você acha que eles são? Pense: foram contados há décadas ou centenas de anos, mas ainda são compartilhados pelas pessoas. Sim, eles são virais como a Luíza, que já chegou do Canadá.
Analisando o viral de Luíza, que voltou do Canadá
A procura pela expressão “Luíza Canadá” subiu às alturas nos últimos sete dias, segundo o Google Insights, principalmente na Paraíba, cidade da estudante, e em São Paulo.
Nas últimas 24 horas 6.280 posts sobre a Luíza foram publicados em blogs.
Foi criado até um evento no Facebook com a intenção de buscá-la no aeroporto. Pena que ela já chegou ao Brasil.
Luíza virou celebridade e já saiu em diversos veículos de comunicação, como a Globo.
Repare na imagem acima que a notícia sobre a idade dela no Jornal hoje rendeu mais de 10 mil tweets e 10 mil “share” no Facebook.
Lenini citou “Luíza, que está no Canadá”, em um show.
Luíza ainda está nos trendings topics do Twitter.
Graças à repercussão ela vendeu três apartamentos.
O que já viralizou em 2012, além da Luíza?
Jornalista Evaristo Costa brincando de “mamão” no Jornal Hoje
“Estupro” no BBB 12
Bêbada em Curitiba
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Excelente post!
Não adianta somente programar um conteúdo que agradará o público-alvo, devem-se levar em consideração todas as pessoas que terão acesso a tal conteúdo. O marketing viral depende da massa para se disseminar, então, além da preocupação de enviá-la de modo a atingir a todos, o fator sorte também deve ser considerado importante no planejamento.