Tormenta no mundo dos Bitcoins
O fim do mês de fevereiro foi caótico, no que se refere ao Bitcoin. Uma das maiores empresas de câmbio fechou, a CEO de uma plataforma de intercâmbio cometeu suicídio e o suposto fundador da moeda, anunciado pela Newsweek, disse que a história não é nada do que tem sido foi publicado. Essa soma de fatores resultou em uma grande flutuação na bolsa de Bitcoins, porém, com um resultado curioso.
Primeiramente, vamos destrinchar essas crises uma a uma para entender toda essa confusão.
Mt Gox encerra suas atividades
Como explicado em artigo do TechTudo, no dia 24 de fevereiro, a Mt Gox, maior intercâmbio de Bitcoins e de outras moedas virtuais, fechou. Em uma mensagem aos seus clientes no site da empresa, a plataforma declarou que foi alvo de ataques hackers e recusou-se a dizer mais detalhes sobre o fechamento.
“Gostaria de pedir a todos que se abstenham de fazer perguntas à nossa equipe: seus membros foram instruídos a não fornecer qualquer resposta ou informação. Por favor, visitem esta página para futuras comunicações e atualizações”. Essa foi a antipática mensagem deixada na página da empresa pelo fundador Mark Karpeles. A declaração refletiu nas ações de Bitcoins: a moeda que estava com cotação de US$ 600 caiu para US$ 450, cerca de 25% em um único dia.
CEO da First Meta morre em Singapura
Em meio ao caos que o mercado de Bitcoins passou em fevereiro, a morte da CEO da First Meta, Autumn Radtke, chamou a atenção. Porém, de acordo com a declaração de Douglas Abrams, fundador da First Meta, ao Journal Sentinel, há uma errônea relação entre a morte da CEO, Autumn Radtke, com a crise da Bitcoin. Abrams esclarece que a sua empresa é uma plataforma de intercâmbio de diversas moedas virtuais, entre elas o Bitcoin. No entanto, a quantidade dessa moeda transacionada por eles é muito pequena, cerca de 2%.
Sakamoto nega autoria do Bitcoin
Dorian Prentice Satoshi Sakamoto foi apontado como sendo o autor do código que deu origem ao Bitcoin. O engenheiro de 64 anos defendeu-se das afirmações publicadas na Newsweek em uma coletiva a Associated Press. De acordo com a Folha de S. Paulo, a revista norte-americana identificou-o como responsável, pois o nome Satoshi Sakamoto já era atribuído ao criador do Bitcoin mesmo especulando-se que fosse um pseudônimo, ou até mesmo referente a um grupo de desenvolvedores.
De acordo com Sakamoto, ele nunca tinha ouvido falar nessa moeda, e em vários momentos da entrevista referiu-se a ela como “bitcom”. Apesar de possuir uma carreira voltada para tecnologia, o engenheiro declarou que seu único projeto envolvendo o mercado financeiro teria sido para o Citibank, em 1987.
Hoje mesmo, em comunicado emitido à imprensa, o The Verge publicou que Sakamoto reitera que não tem e nunca teve envolvimento com os códigos, ou a criação do Bitcoin, a Newsweek pressionou o engenheiro questionando sobre um hiato de 10 anos em que Sakamoto não possui trabalhos realizados ou registros de emprego. Para se justificar Satoshi assume, “Eu não consegui encontrar um emprego estável como engenheiro ou programador por 10 anos”, nesse período ele diz ter trabalhado como professor substituto e pesquisador.
Para arrematar Sakamoto agradece o apoio recebido através de leitores da Newsweek de todo o mundo, justificando que a matéria publicada só lhe trouxe grande estresse e muita confusão.
Resultado das polêmicas
É natural pensar que, devido a todas essas crises e especulações, a cotação do Bitcoin estaria mais baixa do que nunca. Engano nosso. Após a quebra da Mt Gox, da cotação de US$ 450, o mercado reagiu e ergueu a bolsa para US$ 500, valor que se mantém flutuando abaixo de US$ 600 desde o dia 26 de fevereiro.
Analistas afirmam que se a moeda foi capaz de se recuperar dessa crise, dificilmente algo irá desestabilizar ou, como dizem os mais crentes, extinguir o Bitcoin.
Veja também: Bitcoin: o que é e por que custa tanto e Supervalorizada, Bitcoin permite comprar de cafezinho a imóveis
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