Facebook Messenger e autoplay de vídeos irritam usuários
Desde a semana passada, o Facebook está encerrando o acesso ao bate-papo através do seu aplicativo principal e forçando os usuários a baixar o app Messenger. Segundo a rede, a atitude foi tomada para melhorar o funcionamento de ambos os aplicativos e deixar mais ágil o envio de mensagens através da plataforma. Porém, a declaração não convenceu os usuários, que se mostram irritados com a alteração.
A frustração dos internautas baseia-se em dois motivos principais: a obrigatoriedade da migração e o acesso quase irrestrito do aplicativo aos dados dos usuários, que vem sendo criticado por vários canais.
Diante da falta de alternativa, muitos baixaram o Messenger, porém têm deixado diversas resenhas negativas a respeito do app. No iTunes os usuários questionam a mudança, enquanto no Google Play eles são mais diretos e afirmam que só o instalaram por obrigação:
Em relação ao nível de acesso solicitado pelo aplicativo, críticas já vêm sendo feitas desde o ano passado. Em dezembro, o colunista do jornal Huffington Post, Sam Fiorella, divulgou que o Messenger do Facebook solicitava acesso a tantos dados, que poderia colocar em risco as informações dos usuários. Entre os termos de uso estão:
• Permissão para o aplicativo enviar mensagens SMS sem a necessidade de confirmação;
• Permissão para obter o acesso aos números de telefone da lista sem a intervenção do usuário, o que pode gerar cobranças de taxas adicionais sem a necessidade de confirmação;
• Permissão para acessar todo o histórico de ligações do aparelho, incluindo as chamadas efetuadas e recebidas. O que cria arquivos de logs, que podem ser utilizados por apps maliciosos, oferecendo os dados sem o consentimento do usuário;
• Permissão para acessar informações referentes aos contatos, incluindo a frequência que o usuário se comunica através de e-mails;
• Permissão para acessar os recursos de ligação do aparelho, possibilitando que o app descubra o número telefônico utilizado;
• Permissão para obter as listas de contas conhecidas no telefone, incluindo qualquer conta que foi criada por aplicativos instalados.
Na época, o Facebook se posicionou afirmando que as permissões solicitadas são um padrão do sistema operacional Android, e que o mesmo não se repetia com o aplicativo para os mobiles dos sistemas operacionais iOS e Windows Phone. A empresa chegou a criar um artigo no seu FAQ para explicar algumas destas solicitações, o que fez com que o colunista corrigisse o texto original. Porém, ele não abriu mão de seu posicionamento e continuou afirmando que o acesso é abusivo.
Agora, a polêmica volta à tona, e o artigo corrigido de Sam Fiorella retorna como destaque na mídia. Na última semana, o porta voz do Facebook conversou com o Buzz Feed e afirmou que não houve mudança no posicionamento da empresa, que continua respeitando os padrões determinados pelo sistema operacional Android, e que não há riscos para os usuários.
Por enquanto, a única forma de burlar o Messenger é acessar o Facebook pelo browser do seu celular, como indica o Olhar Digital. Dessa forma, além de economizar bateria, você também diminui o gasto de memória. Para facilitar o uso, basta inserir a página nos seus favoritos ou na tela inicial, o único ponto negativo é que o layout ainda é antigo e não tão bonito.
Autoplay de vídeos também gera reclamações
Outra mudança que está irritando os usuários do Facebook é o autoplay. Desde julho, os internautas brasileiros têm se deparado com a reprodução automática dos vídeos na linha do tempo.
A nova estratégia da empresa pretende aumentar o volume de publicidade desta modalidade. Ideia que o colunista da Times, Matt Peckham, considera horrível! Em seu artigo ele afirma que instituir a publicidade deste modo é como se um outdoor aparecesse na janela toda vez que quiséssemos ver a paisagem. De acordo com Peckham, os únicos “acertos” da plataforma são que a reprodução automática não é acionada com áudio e que só funciona nos mobiles conectados a uma rede Wi-Fi.
Se você também reprova a reprodução automática dos vídeos, saiba que há alternativas para desativá-la através do próprio Facebook. Basta acessar as configurações, clicar em vídeos e desativar o modo. A configuração pode ser desligada tanto no navegador do computador quanto no mobile.
Leia também: Digital Shadow: saiba o quão vulneráveis são seus dados no Facebook
——————————————————————————————-
A Magic Web Design desenvolve, desde 1996, soluções completas para empresas de todo o Brasil nas áreas de internet e multimídia, com web sites, gerenciamento de mídias sociais, sistemas on-line, lojas virtuais (e-commerce), apresentações multimídia e diversos outros serviços.
https://www.redemagic.com/
Pingback: comScore mostra que usuários não baixam aplicativos regularmente - Magic Blog
Pingback: Fórum de Marketing Digital da Digitalks chega à Curitiba - Magic Blog
Pingback: 80% dos brasileiros veem TV e usam o Facebook juntos - Magic Blog
Pingback: Antonio Borba fala sobre notícias falsas nas redes sociais - Magic Blog
Pingback: Por um Facebook mais colorido - Magic Blog - Magic Blog