Combate a crimes virtuais no Brasil
Com um mercado economicamente estratégico, o Brasil está cada vez mais presente na rota dos ciberataques e fraudes na Internet. Nos últimos dois anos, os dados mostraram-se desfavoráveis ao evidenciarem no País um número crescente de crimes virtuais relacionados ao roubo de números de cartões de créditos, senhas bancárias e furtos de dados pessoais.
O relatório de fraude da RSA Anti-Fraud Command Center (AFCC), divisão de segurança da EMC2 Corporation, constatou que o País está no quarto lugar do Top 5 de ataques digitais a corporações – uma posição nada agradável para uma nação que deseja atrair novos investimentos internacionais. Segundo Moran Adrian, gerente sênior do setor de ameaças da RSA, o Brasil figura inclusive na frente de regiões conhecidas pelos crimes na Internet, como o Leste Europeu e Rússia, responsáveis por criar malwares complexos e sofisticados para roubar senhas e dados pessoais.
“O Brasil é a maior comunidade de crimes cibernéticos do mundo em se tratando de temas financeiros, gerando mais malwares do que o Leste Europeu, que é para onde tradicionalmente é desviado o dinheiro roubado”, ressalta a gerente em entrevista à Folha de S. Paulo.
Já o relatório anual Norton Report, da Symantec, aponta que 60% da população foram vítimas de crimes virtuais. No entanto, o dado que mais chama a atenção é o prejuízo causado por esses criminosos. Apenas nos períodos de julho de 2012 e agosto de 2013, o cibercrime custou R$ 8 bilhões aos bolsos de cidadãos e empresas brasileiras.
Smartphones e o uso incorreto da Internet
Hoje, o número de usuários que acessam a Internet pelo smartphone e por tablets é superior ao número de usuários de acessos via desktop, porém, nem sempre os internautas trazem os critérios de segurança a essas novas ferramentas. Diante disso, os criminosos virtuais estão aproveitando brechas e investindo forte em técnicas que roubam senhas e dados importantes quando a pessoa clica em links falsos, faz compartilhamentos em redes sociais ou e-mail – mesmo que o remetente seja alguém completamente desconhecido.
“Os criminosos identificaram claramente essa complacência e vão entrar forte nesse segmento, mas apps falsos são só uma das brechas”, diz Otto Stoeterau, especialista de segurança da Symantec.
Além do roubo de dados bancários, os ciberataques podem também prejudicar as organizações, pois 49% dos consumidores utilizam seus dispositivos móveis para acessar dados do trabalho, o que pode colocar informações valiosas das empresas em risco.
Identificação dos crimes virtuais
O aumento da visibilidade do País no cenário internacional é um dos principais motivos para o crescimento das fraudes virtuais. “Os olhos do mundo estão no Brasil. Teremos megaeventos esportivos, há um mercado financeiro sólido, além de telecomunicações e energia, que são alvos de ataques de hackers. Desenvolver soluções aqui, com olhos na América Latina, é um desafio necessário. O ritmo dos ataques está crescendo e exigem muita, mas muita inteligência “, explica o vice-presidente de vendas da RSA, David Castignola, ao portal Convergência Digital.
Diante dessa necessidade, a RSA inaugurou no Brasil seu novo centro de combate a crimes cibernéticos. Os profissionais trabalham na cidade paulista de Campinas – escolhida por concentrar diversas atividades de pesquisa no País. Com unidades já implantadas em Israel e nos EUA, essa é a primeira da companhia na América Latina e a terceira no mundo.
A instituição trabalha em sua unidade brasileira com grupos de inteligência e pesquisa. “O principal objetivo é reunir dados sobre criminosos da região e suas especificidades”, conta a gerente da RSA. Em alguns meses de trabalho, a equipe brasileira já descobriu na deep web a primeira loja de números de cartões de créditos direcionada exclusivamente ao mercado latino-americano. Segundo dados da RSA, estavam sendo oferecidos e atualizados 60 mil números diariamente.
Como prevenir os cibertaques?
Dados do Norton Report mostram que 48% dos usuários brasileiros de dispositivos móveis não se preocupam com a proteção de seus aparelhos. Entre essas pessoas, muitas ainda não utilizam cuidados considerados básicos, como senhas e softwares de segurança, ficando totalmente expostos aos ataques de hackers.
Contudo, mesmo com profissionais trabalhando arduamente contra os crimes virtuais, é necessário também que o próprio usuário eduque-se e auxilie no combate às fraudes na web. Uma das melhores maneiras para fazer isso é evitar práticas que possam colocar em risco o seu computador e também o das pessoas conectadas a ele, como acessar sites sem certificado de segurança, manter o antivírus desatualizado e abrir e-mails com conteúdo suspeito.
E você, o que acha que pode ajudar a combater os crimes virtuais? Envie-nos suas ideias e considerações sobre o tema!
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