Bitcoin: o que é e por que custa tanto

Criada em 2009 por Satoshi Nakamoto, a Bitcoin funciona através de p2p (compartilhamento de serviços e dados sem a necessidade de um servidor central) e foi criada com o intuito de fazer transferências anônimas de valores. As moedas podem ser salvas no computador através de um arquivo carteira, que permite que as Bitcoins sejam enviadas para qualquer pessoa que também possua um endereço de Bitcoin, finalizando uma transação. O sistema de criptografia utilizado garante a segurança dos valores e evita gastos duplos pelo dono das Bitcoins.

Por utilizar a topologia p2p e não possuir uma entidade administradora central, é impossível que qualquer autoridade, governamental ou não, possa manipular o valor das Bitcoins. Pelo mesmo motivo, as Bitcoins são muito utilizadas na deepweb para comercialização de pornografia, drogas e em outras ações ilegais.

Mas o que tem feito as Bitcoins serem tão mencionadas nos últimos tempos é o valor que têm apresentado no mercado, com uma supervalorização que elevou o preço de 40 dólares para 200 dólares (cerca de 400 reais) em poucos dias, com movimentação total de 1,5 bilhão de dólares. Em entrevista ao site Mashable, Roger Vers, investidor da rede, Adam Draper, fundador do banco de investimentos BoostVC, e Charlie Shrem, diretor do BitInstant e vice-diretor do Bitcoin Foundation, afirmam que a Bitcoin tem um futuro promissor e pode representar altos ganhos para aqueles que decidirem investir nela, já que não gera impostos por não passar por regulamentação de instituições intermediárias.

A grande desconfiança, porém, fica por conta de as transações serem feitas anonimamente, o que aumenta as chances de fraudes e roubos, sem que as pessoas envolvidas possam ser rastreadas, o que pode compromete a segurança de toda a rede de Bitcoins.

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