A internet como divisora de gerações
O Diretor Executivo da Magic Web Design, Antonio Borba, participou do debate “A Internet como divisora de gerações”, dirigido por Álvaro Borba, realizado no Programa 91 Minutos, da Rádio 91 Rock. Além de Borba, o Consultor em Tecnologia Eduardo Guy de Manuel e a Psicóloga de Carreira Fernanda Silveira também estiveram presentes.
O primeiro assunto discutido pelo grupo foi o comportamento das diferentes gerações. Para começar, Guy comparou os jovens nascidos no início da internet (que conheceram um mundo sem a conectividade atual), com aqueles que nasceram depois da expansão da rede e, por isso, não conseguem imaginar suas vidas sem as telas touchscreem, iPad, iPhone, etc. Segundo o Consultor, essa geração está ultrapassada.
De acordo com Borba, a geração T (de testemunha) é a que tem ganhado destaque. ‘Sou testemunha de tudo, mas não tenho opinião sobre nada’. Para explicar o tema, Borba comparou a geração T como a “geração do RT”, que apenas passa para frente a opinião dos outros, sem ao menos conhecê-la a fundo.
Borba exemplificou as novas gerações citando um artigo envolvendo o filme Harry Potter publicado pela Revista New Yorker. Em uma das cenas, a personagem Hermione, interpretada pela atriz Emma Watson, folheava um livro. Um garoto, enquanto assistia àquilo, perguntou ao pai. “Por que ela está fazendo isso? Não seria mais fácil digitar a palavra no Google?”.
Essa geração, ligada a todo minuto à rede mundial de computadores, se diferencia das pessoas que nasceram antes do surgimento da internet também na área profissional. Para falar sobre o assunto, Fernanda Silveira apresentou as diferenças entre geração Y e geração X. “Com a entrada da geração Y no mercado de trabalho, nós começamos a perceber como cada uma age. A geração X é o povo mais velho, ‘analógico’, que faz carreira em uma grande empresa e, se dedica ao trabalho porque é no trabalho que sua vida se constrói. Já para a geração Y o trabalho é só mais um aspecto da vida”, disse. Para o jovem da geração Y, se a situação em determinada empresa não está boa, a solução é ir para outra.
Ainda sobre carreira, Fernanda disse que os jovens da geração Y são mais empreendedores. “Eles arriscam mais. Muitos criam suas próprias empresas. E, se algo não dá certo, eles começam de novo”, disse Fernanda, que seguiu afirmando que é preciso atenção redobrada ao contratar um ‘Y’: “Tem que ver se vale a pena manter um ‘Y’ que quer tudo imediatamente, sendo que se pode ter um ‘X’, que faz seu trabalho perfeitamente. Não sei até que ponto as empresas estão preparadas para o ‘Y’, pois eles demandam um acompanhamento maior da gerência e da supervisão”.
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Para complementar a discussão, Borba afirmou que os jovens da geração Y gostam muito de compartilhar informação e isso pode gerar riquezas. O especialista em tecnologia falou sobre o caso da Gold Corp, uma mineradora que estava para fechar. “O grupo não achava ouro nas suas reservas. Então, utilizaram um bem precioso – a informação pública – e pediram colaboração das pessoas para achar ouro (com um incentivo de 500 mil dólares a quem pudesse encontrar). “A solução apresentada fez a empresa encontrar 3,4 BI em ouro. As ações passaram de 9 milhões para 30 bilhões”, disse.
Ainda sobre a relação da geração X e Y com o trabalho, Borba fez outra distinção. “Os jovens são multitarefas, porém, geralmente não se aprofundam e não são atenciosos. Os mais velhos tendem a acessar uma menor quantidade de informações, mas vão mais a fundo”. De acordo com Borba o pessoal da geração Y é assim por causa da Tacocracia. “É a ditadura da pressa. Vivemos num mundo controlado pela velocidade, ansiedade, e achamos que não temos tempo suficiente pra fazer as coisas”, comentou.
Os participantes também falaram sobre o volume de informações na internet. Uma frase, dita por Borba, define bem o que está acontecendo: “O mundo está virado. Chupim também está botando ovo em ninho de Tucano”.
Por fim, Borba fez uma comparação entre o uso da internet hoje e há alguns anos atrás. O especialista sugeriu a visualização do vídeo Social Media Revolution 2011, que mostra dados surpreendentes sobre a internet e as mídias sociais.
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Adorei o debate “A Internet como divisora de gerações”, aliás, o nome do debate foi muito bem escolhido, sou professor de informática em Recife e faço capacitações tecnológicas para docentes, muito pertinente o tema e as colocações. parabéns a toda equipe
Olá Professor Galvão, agradecemos em nome da Equipe Magic e do nosso Diretor, Antonio Borba, pelos seus comentários. Há outros debates disponíveis, se quiser ouvir. Abraços!
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