Ativismo on-line mostra a força da internet

Internet, Mídias Sociais

Você sabe a força que tem a internet na defesa das ideias? O Diretor Executivo da Magic Web Design, Antonio Borba, participou de um debate no último dia 21 de junho sobre o “Ativismo On-line” no Programa 91 Minutos, da Rádio 91 Rock.

O programa apresentado por Álvaro Borba contou também com a participação do Consultor em Tecnologia Eduardo Guy de Manuel e mais dois convidados,  o economista Marcos Juliano Ofenbock e o advogado Henrique Ressel. Marcos e Henrique fazem parte do site Voto Livre, que foi um dos primeiros temas discutidos no debate.

Álvaro iniciou a conversa destacando a volta do chocolate Kit-Kat e a curiosa “Marcha da Lambada“, movimento organizado no Facebook. Em seguida, foi discutido o movimento “Meu Carro Falha“, movido por uma consumidora contra a Renault, que causou grande dano à imagem da montadora. Foi tocado um áudio que mostra toda a indignação da consumidora e a reação das pessoas na internet. Em seguida, levantou-se a questão do site Voto Livre, que prega a democracia direta na forma da iniciativa popular para levar projetos de leis para a câmara.

Logo após, Borba fundamentou as raízes do ativismo digital, também chamado de “Ciberativismo” pela Wikipedia. Segundo Borba, essa modalidade de manifestação torna-se fácil e barata via Internet, em que é possível agregar amigos por meio das redes sociais. Borba ainda citou o exemplo do site Vida Digital, da revista Veja, que traz um artigo interessante sobre como as redes sociais motivam amizades e atividades políticias. Uma pesquisa indica que usuários engajados em política por meio da internet são em média 50% mais engajadas do que fora do ambiente virtual.

Guy Manuel falou sobre a eleição do presidente Obama e a influência que a internet teve em todo o processo. Com base nisso, fez um paralelo com o Brasil, país no qual a web ainda não demonstrou vocação para eleger candidatos. Apesar de Marina Silva ter usado muito bem a rede na última eleição presidencial, não demonstrou equivalência nas urnas. Marcos complementou o assunto explicando a origem da internet, que foi criada pelo governo americano como uma arma para descentralizar a comunicação.

Guy discorre sobre a telefonia na África e estabelece um paralelo com os índios, tema aproveitado por Borba para discorrer sobre o tema do Chefe Almir, ativista e líder da tribo Suruí da Floresta Amazônica. O líder foi eleito uma das 100 mais pessoas mais criativas em negócios em 2011 – em ranking da Fast Company. Na esteira do ativismo de Chefe Almir, foi complementado por Borba o uso do software Google Earth Outreach, que pode ser utilizado para inúmeras finalidades relacionadas a mapeamento e controle. Marcos comenta também como essa história do chefe da tribo iniciou-se com o Google, que prontamente abraçou a causa e municiou toda a tribo com celulares.

Em seguida, Álvaro puxa o lado do ativismo on-line, que deixa as portas abertas para qualquer um participar mas por outro lado, os protestos ficam escancarados, o que pode revelar planos a governos autoritários, sendo, portanto, uma faca de dois gumes. Marcos leva o debate para o lado da cooperação de pessoas para alcançar força de manifestação e cita o caso do ataque de negação de serviço, feito recentemente a diversos sites do governo brasileiro, o mesmo tipo de ataque empreendido contra as empresas que apoiaram a prisão de Julian Assange, da Wikileaks.

Antonio Borba abre um parêntese para deixar claro que esse tipo de ação não é “inofensiva”, mas sim, criminosa e não cabe às pessoas cometerem crimes por conta de “justiça social”. Borba explica o motivo pelo qual esses ataques, chamados de DoS ou DDos, geralmente são realizados por hackers, complementando com a piada sobre a fala de Mubarak para Kadafi: quantos inimigos você tem no Facebook?

Álvaro chama atenção para a “Marcha das Vadias” no Facebook e discorre sobre algumas das publicações recentes. Marcos explica que esse movimento, originalmente criado no exterior, teve origem em uma manifestação das mulheres contra a violência sexual.

Em seguida, Borba menciona o artigo “Quando a rede nos radicaliza“, do “O Globo”, que fala sobre a polarização das pessoas ao redor de assuntos confortáveis e opiniões similares. Pesquisas indicam que as pessoas, nas redes sociais, indicam com quem desejam conviver, acentuando ainda mais a polarização, principalmente por meio dos filtros ou “bolhas” naturais das próprias redes sociais. Finalmente, é citada a pesquisa que demonstra o fato de que situação e oposição se leem na internet e que a polarização não decorre da similaridade de ideias, mas sim da intensa exposição de pensamentos contrários aos nossos, justamente pelo fato da baixa tolerância das pessoas a correntes opostas.

O debate se encerra com uma pincelada sobre o ativismo politicamente correto (“linha branca” e demagogo, segundo Borba) da banda U2.

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