Apple, uma mistura de sexo, luxúria, esperança e anarquia
Nos anos 60, Steve Jobs e Steve Wozniak montaram uma empresa. Para dar início ao negócio, Jobs vendeu sua Kombi. Wozniak, um pouco mais modesto, vendeu sua calculadora. Hoje, aquela empresa de garagem, criada sem plano de negócios, é uma das companhias mais valiosas do mundo.
E foi sobre a Apple que Antonio Borba (Especialista em Tecnologia e Diretor Executivo da Magic Web Design), Eduardo Guy de Manuel (Consultor em Tecnologia) e Beatriz Kunze (Consultora de Tecnologia Móvel) debateram no Programa 91 Minutos, da Rádio 91 Rock, na terça-feira (05/07).
O primeiro ponto discutido foi o surgimento da marca: Por que uma maçã? Qual é o significado da fruta?
Para responder às perguntas, Borba citou diversas lendas. “Um dos mitos amplamente divulgados é o de que a maçã seria uma homenagem ao matemático Allan Turing, que desvendou o segredo das máquinas alemãs, foi o pioneiro no campo da inteligência artificial e morreu com uma maçã envenenada”, disse.
Borba também falou sobre outras teorias disseminadas na rede, como, por exemplo, a que afirma ser a maçã da Apple uma referencia à árvore de Issac Newton e ao pecado cometido por Adão e Eva. Apesar de todos os burburinhos sobre a criação da imagem, segundo Borba, um ponto é certo: a maçã remete ao conhecimento.
Borba disse ainda que as pessoas associam a marca à luxúria, conhecimento, esperança e anarquia. Para complementar, citou que as supermarcas utilizam algumas “técnicas” para conquistar o público. “As grandes empresas são inspiradas por sexo, religião e muita fofoca”. Uma reportagem da BBC mostra claramente como isso acontece.
Sobre as filas enfrentadas pelos fãs da Apple, Borba afirmou serem elas uma espécie de ritual. A frase do empresário Abel Reis, citada pelo especialista durante a entrevista, mostra como é essa relação. “As filas têm a ver com o ritual da marca. É igual ficar apertado em estádio de futebol. Os torcedores não ficam bravos, porque é uma opção”.
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Para Eduardo Guy Manuel, um dos objetivos da Apple é vender seus produtos com a seguinte premissa: que o aparelho melhore a experiência do usuário. “Se a resposta for não, a ideia é descartada”, disse o Consultor.
Quanto ao tipo de público da Apple, Beatriz Kunze afirmou que “quem idolatra a marca são os nerds, os geeks e os amantes da tecnologia, que sempre se sentiram deslocados”.
Um discurso de Jobs, durante uma formatura nos Estados Unidos, também foi citado pelos presentes. As palavras, que servem de mantra para muitas pessoas, podem ser escutadas nos vídeos abaixo.
http://www.youtube.com/watch?v=yplX3pYWlPo
“O tempo de que vocês dispõem é limitado, e por isso não deveriam desperdiçá-lo vivendo a vida de outra pessoa. Não se deixem aprisionar por dogmas – isso significa viver sob os ditames do pensamento alheio. Não permitam que o ruído das outras vozes supere o sussurro de sua voz interior. E, acima de tudo, tenham a coragem de seguir seu coração e suas intuições, porque eles de alguma maneira já sabem o que vocês realmente desejam se tornar. Tudo mais é secundário“. (trecho do discurso)
Para comentar o período anárquico da vida de Jobs, Álvaro Borba, apresentador do 91 Minutos, sugeriu o livro O Fascinante Império de Steve Jobs, do Jornalista Michael Moritz, que conta a história de Jobs.
Primeiro comercial da Apple
Durante o debate, os presentes relembraram o primeiro comercial da Apple, o qual comparou os computadores da época, com os Macs que acabavam de ser lançados.
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