YouTube pode ser responsável por uma nova era no jornalismo
Para muitos, o YouTube, terceiro site mais visitado da web, é um espaço de entretenimento, humor e tutoriais diversos. Porém, algo que talvez surpreenda alguns é que cada vez mais ele está se tornando uma plataforma para notícias. Vídeos relacionados a catástrofes naturais e revoltas políticas estiveram entre os mais vistos de janeiro de 2011 a março de 2012, de acordo com análise realizada pelo Pew Research Center.
O desastre causado pelo terremoto e pelo tsunami que atingiram o Japão, em março de 2011, foi o principal “acontecimento jornalístico” no YouTube durante o período analisado, seguido pelas eleições na Rússia e a instabilidade no Oriente Médio, respectivamente. Nesse contexto, vídeos “visualmente intensos” se mostraram mais populares.
E o meio apresenta uma peculiaridade: nele, profissionais e amadores têm igual (ou quase) relevância na produção e distribuição de conteúdo de caráter jornalístico. Pouco mais da metade, 51%, vêm das principais empresas de comunicação direta (upload feito pela empresa em si) ou indiretamente (upload feito por usuários comuns). E mais: 39% dos vídeos mais acessados foram produzidos por usuários comuns e outros 5% vieram de organizações e grupos políticos (as origens dos outros 5% não puderam ser identificadas).
No YouTube, uma relação simbiótica complexa se desenvolveu entre cidadãos e meios de notícias. Não são poucos os casos em que os vídeos foram frutos de uma espécie de trabalho colaborativo, como em um “diálogo jornalístico“. Enquanto o público é responsável pelo upload de mais de um terço do conteúdo produzido pelas empresas, os meios de notícias cada vez mais fazem uso de filmagens de usuários em suas reportagens.
É claro que nem sempre tudo acontece de maneira tão tranquila, por problemas com direitos autorais, mas, ainda assim, é inegável que esse fenômeno está criando um novo tipo de jornalismo, do qual todos podem se beneficiar – em especial o próprio YouTube, claro.
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