Desafios para o Facebook após IPO
Agora que o Facebook abriu o seu capital, precisará estar dentro do mundo dos acionistas, relatórios de resultados e pressão para elevação do lucro das operações, já que sua estreia não teve o sucesso esperado – no primeiro dia as ações permaneceram estáveis (fechando a U$38 cada) e no dia seguinte tiveram uma queda de 11%, custando cerca de U$34. Para Mark Zuckerberg, a IPO – que teve uma projeção de lucro cerca de U$16 bilhões na estreia – de sua rede social é, além de uma opção para aumentar o capital, uma oportunidade para manter o mundo cada dia mais conectado.
Porém, a empresa terá a partir de agora alguns desafios a superar com a sua presença na bolsa de valores, já que isso demanda ainda mais responsabilidade e compromisso com os usuários:
Confiança – O Facebook, embora continue crescendo, não teve a sua mudança na política de privacidade completamente aceita pelos usuários. De acordo com uma pesquisa do AP-CNBC, 59% deles não confiam na rede social e 54% não se sentem seguros para adquirir produtos através dessa plataforma. Para conquistar e manter a sua confiança, a rede social precisa ser mais clara quanto à forma como os dados dos usuários serão utilizados.
Mobilidade – A utilização do Facebook nos smartphones é um dos serviços mais populares. Segundo estudo do instituto comScore, 80% dos usuários são maiores de 18 anos nos Estados Unidos. Se a rede social tivesse o seu próprio sistema para celulares e tablets, o público poderia ser maior. Porém, o App Center, que deve ser lançado em breve, pode ser o começo dessas alternativas.
Compartilhamento excessivo – O compartilhamento de conteúdo na rede social está causando o caos nas timelines. Um recurso que tem causado bastante discussão e descontentamento é o compartilhamento automático após a leitura de uma notícia, seja ela qual for. Na maioria das vezes, não é interessante ao usuário compartilhar, mas ele é feito mesmo assim.
Startups – o Facebook cresce e enfrenta alguns percalços, como manter-se ágil para superar algumas startups. Um exemplo é o Instagram. A rede de compartilhamento de fotos foi adquirida pelo Facebook por 1 bilhão de dólares, porém, a rede de Zuckerberg não poderá fazer isso com todas as empresas desse tipo, então deve se planejar.
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