Coronavírus: O que os bancos digitais estão oferecendo para ajudar na crise?
Recentemente, fizemos uma análise sobre o que os maiores bancos do Brasil estão proporcionando aos consumidores e às empresas diante da pandemia de COVID-19.
Comunicamos, no mesmo post, a respeito do lançamento da landing page Rede Magic sobre o coronavírus – um ponto de contato para auxiliarmos empresas a lidar com o marketing e os negócios durante a crise.
Completando o estudo inicial sobre as medidas imediatas, dentro do sistema financeiro, que estão sendo adotadas para auxílio da população, não poderíamos deixar de fora os bancos digitais mais conhecidos.
Este é mais um artigo em colaboração com nosso CEO Antonio Borba e nosso produtor Rafael Casanova. Convidamos você a ler, analisar e enviar sua colaboração sobre as iniciativas proporcionadas pelos bancos digitais.
Nubank
O banco digital mais famoso do Brasil foi bastante criticado pela demora a agir diante da epidemia. Depois de 10 dias de ensurdecedor silêncio em seu Facebook, enquanto todos os grandes bancos já haviam divulgado iniciativas de ajuda, a primeira publicação do Nubank após o início da quarentena anunciou um redirecionamento da verba de marketing para “ganhos de eficiência” e treinamento da equipe para lidar como atendimento. Somente em 9 de abril o banco noticiou as primeiras medidas que seriam tomadas para benefício de seus correntistas.
O Nubank atende apenas pessoas físicas, e as medidas econômicas foram a redução de 80% nos juros para parcelamento da fatura do cartão (ficando em 1,9% a.m., alinhados com juros de empréstimos pessoais oferecidos por outros bancos), e renegociação de empréstimos com carência de 60 dias.
Há outras ações de menor porte mencionadas, como distribuição de vouchers para iFood e Rappi, além de plataformas para tratamentos com especialistas em auxílio emocional.
Com relação aos colaboradores, não foi noticiada medida de preservação de postos de trabalho como os grandes bancos fizeram. A única iniciativa de que tivemos conhecimento foi o envio de 500 cadeiras ergonômicas para colaboradores em home office, com mais 1.000 a caminho.
Não há página específica no site falando sobre a pandemia.
Banco Inter
Autodenominado o 1º banco 100% digital do país e único a oferecer uma conta totalmente isenta de tarifas, o Inter foi mais rápido na divulgação de medidas, e o fez já em 25/03/20.
Para pessoas físicas, o banco concedeu prazo de 60 dias sem juros para pagamento das faturas de cartão de crédito, porém somente para quem possui limite de até R$ 4 mil e faturas em dia até 04/04. A segunda medida foi dobrar a oferta de cashback para quem compra no shopping do banco via app.
Já para pessoas jurídicas, a iniciativa é um tanto quanto modesta – dobrando a quantidade de boletos e TEDs gratuitos. Pelo que o mercado indica, o principal problema está justamente não está em pagar per boletos, mas sim em conseguir receber de outras empresas, muitas das quais estão se tornando inadimplentes devido ao caos econômico.
O Banco Inter anunciou uma medida temporária de preservação de empregos por 60 dias (abril e maio), o que já é de alguma ajuda e fica no meio do caminho entre as iniciativas dos grandes bancos e das fintechs de forma geral.
O banco criou uma landing page relacionando as iniciativas, promovendo a hahstag “issoéparceria”.
Next
O banco digital do Bradesco enfrentou problemas de acesso em seu aplicativo durante os primeiros dias da quarentena.
O next atende apenas pessoas físicas, e a única iniciativa divulgada foi o adiamento de 60 dias para a próxima parcela de empréstimo pessoal ou crédito parcelado. A prorrogação não é válida para faturas de cartão de crédito.
No restante, o banco reforça suas iniciativas de uma série de “mimos”, como chama os benefícios concedidos aos seus correntistas, mas estes já existiam muito antes da crise.
Por fim, o next também criou uma página para divulgar as iniciativas perante a pandemia de COVID-19.
Banco Original
O Original se apresenta como um banco sólido, com patrimônio acima de 2 bilhões de reais e aproximadamente R$ 12 bilhões em ativos.
Apesar de atender pessoas físicas e jurídicas, só detectamos medidas direcionadas às primeiras. Porém, não conseguimos localizar as iniciativas no web site ou nas redes sociais do banco (há apenas menções superficiais).
Através de um artigo da Exame, foi possível relacionar algumas medidas do Banco Original, que ficam sujeitas a confirmação: taxa zero para pagamento de boleto no cartão de crédito, redução de juros para o parcelamento voluntário do cartão de crédito (sem detalhes sobre o montante) e prazo de 60 dias para pagamento de parcela de renegociação de dívidas, além de prazo de 60 dias para parcelamento de saldo de contratos em dia.
Neon
A Neon, autodefinida no feminino por ser uma “conta 100% digital”, está entre as piores fintechs com relação à divulgação de informações e medidas efetivas para lidar com a crise.
O web site da Neon não traz qualquer dado sobre o coronavírus, achamos apenas algumas medidas divulgadas em seu blog com atualização em 23/03, sem detalhes sobre benefícios aos correntistas.
Em uma matéria no Money Times, é mencionada uma redução de juros do cartão de crédito pela metade, para 5,9% a.m., o que ainda assim é bastante alto, muito acima do que outros bancos digitais estão cobrando. É só isso que sabemos.
C6 Bank
O C6 é um banco digital criado por ex-executivos do BTG Pactual, e a principal notícia que circulou em meio à pandemia do coronavírus foi a demissão de 60 colaboradores.
Não há qualquer informação sobre medidas a respeito da COVID-19 no site do C6, localizamos apenas um conteúdo genérico no blog.
Há menção a uma diminuição de taxas para parcelamento de fatura do cartão, mas até o momento não há sinal de implementação desta iniciativa. De concreto, apenas um anúncio secundário referente a estorno de pontos do programa de milhagem.
BS2
O BS2 é um rebranding de 2017 do Banco Bonsucesso, e se define como o primeiro banco digital com conta em dólar e sem mensalidade.
Não localizamos qualquer informação a respeito do coronavírus no site do BS2 nem nas redes sociais. Buscando notícias, conseguimos achar uma mera menção externa sobre parceria com aplicativos.
De todos os bancos digitais que pesquisamos, o BS2 foi avaliado como o pior no que diz respeito à pandemia. Temos a impressão de que ela passou longe dali – será devido à conta em dólar?
Um momento de reavaliação, em versão digital
Estamos passando por um grande momento de reflexão e reavaliação dos nossos conceitos.
Da mesma forma que buscamos aprofundar a discussão em nosso artigo anterior sobre os bancos tradicionais, queremos saber:
O que seu banco está fazendo por você? Como você compara os esforços dos bancos digitais e tradicionais?
Convidamos você a colaborar com este artigo
A Rede Magic está desenvolvendo uma série de artigos com o objetivo de orientar e ajudar a sociedade neste difícil momento que vivemos.
Recomendamos a leitura do artigo escrito o pelo nosso CEO Antonio Borba, COVID-19: Marketing, Economia, Comportamento e Mudanças Definitivas.
Esperamos que você possa sair desta crise como uma pessoa melhor e, se for empresário, com uma empresa mais bem preparada.
Se você utilizou os serviços de auxílio emergencial de qualquer um dos bancos citados nesta matéria, ou deseja complementar com outras informações a este respeito, fique à vontade para deixar seu comentário neste post ou, ainda, enviar sua colaboração através da landing page que criamos para informações a respeito da pandemia de COVID-19.
A landing page também será um ponto de contato para auxiliarmos empresas a lidar com o marketing e os negócios durante a crise. Estamos nos propondo a ajudar sem custos, por meio de uma breve consultoria. Deixe um comentário na landing page Rede Magic Coronavírus!
