“Só mais um episódio de Narcos.” Por que a Netflix faz tanto sucesso?

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A Netflix tem por hábito disponibilizar as temporadas das séries originais de uma só vez – ponto positivo para os assinantes que adoram fazer maratonas de episódios. Quando o serviço de streaming liberou a primeira temporada inteira de “Narcos“, o público foi à loucura! No dia seguinte, já havia milhares de spoilers para acabar com a graça de quem aprecia séries “com moderação”.

Quem nunca se deparou com aquela mensagem: “Você ainda está assistindo ‘tal seriado’“? A comodidade de oferecer um “cardápio” de filmes e séries que podem ser vistos como e quando queremos fez da Netflix um dos maiores vilões da indústria tradicional.

Mocinho x Vilão

A indústria do cinema e canais pagos estão furiosos com a concorrência estabelecida pela Netflix, pois ela é capaz de mudar para sempre a maneira com que consumimos entretenimento. A ampla receptividade do serviço incomoda a indústria tradicional, que é obrigada a repensar seus modelos de negócios.

Antonio Borba, Diretor Executivo da Magic Web Design e da Rede Magic, comenta em seu blog este novo cenário:

“Em uma sociedade de pirataria, downloads e torrents, nada mais justo que oferecer conteúdo exclusivo a custo baixo – disponível imediatamente, em HDTV. Certamente, isso representa a comodidade máxima – nem compensa o tempo de download da versão pirata. (…) É possível que a TV acorde para essa tendência. Uma grande felicidade nesse meio é que os grandes diretores estão se voltando para as produções televisivas.”

Os últimos três meses tiveram a maior quantidade de lançamentos originais em um curto espaço de tempo desde a fundação da Netflix. “Narcos” foi a última série lançada. A história retrata a ascensão do traficante colombiano Pablo Escobar. Produzida por José Padilha e estrelada por Wagner Moura, a trama ganhou uma legião de fãs e já tem garantida sua próxima temporada para 2016.

Afirmando sua capacidade de adaptação de mercado, em outubro a Netflix lançará o seu primeiro filme – que será disponibilizado simultaneamente para assinantes e salas de cinema –, “Beasts of No Nation“, dirigido por Cary Fukunaga, de True Detective.

Netflix em números

A Netflix já ultrapassou o número de 65 milhões de assinantes no mundo – sendo 42 milhões só nos Estados Unidos. Com as ações valorizadas, a empresa superou a GM e passou a ter um valor de mercado de US$ 49 bilhões.

No Brasil, a companhia chegou em setembro de 2011 e demorou a engrenar. Nos primeiros três meses de operação, o serviço reunia 309 mil assinantes. No ano seguinte, eram quase 900 mil. Em 2013 ocorreu o boom do streaming, totalizando 1,9 milhão de assinantes. Atualmente, já são mais de 2,2 milhões de usuários: o Brasil é o segundo país que mais cresce em assinaturas no mundo.

Regiões em que a Netflix está disponível

Tributação

No dia 10 de setembro, foi aprovado pela Câmara dos Deputados o projeto que impõe alíquota específica do Imposto Sobre Serviços (ISS) para empresas de diversos setores que ainda não eram tributadas. Netflix e Spotify, por exemplo, passarão a pagar o imposto. O texto já foi aprovado pelo Senado. Na prática, isso significa que as assinaturas deverão ficar ligeiramente mais caras nos próximos meses. Além dos serviços de streaming, a lei afeta importantes setores da tecnologia, incluindo desenvolvimento de aplicativos, hospedagem de sites e sistemas de informações.

Novidade: cartão ostentação

A Netflix acaba de liberar o “Binge Cards“, o recurso cria cartões personalizados que mostram a quantos episódios ou temporadas você assistiu, com quem, onde e como. Depois de criado, o cartão pode ser compartilhado nas redes sociais, enviado por e-mail ou simplesmente salvo como imagem.

Confira como fazer: http://magicweb.me/gTA

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