Cientistas revoltados: confira os erros do novo Jurassic World
Um parque temático, dinossauros aterrorizantes e protagonistas que correm sem parar são ingredientes já conhecidos da franquia Jurassic Park, agora com seu quarto filme. O blockbuster “Jurassic World: o mundo dos dinossauros” mostra que veio para renovar a série e garantir venda recorde de ingressos.
Em apenas um fim de semana, o longa-metragem já se tornou o filme com a estreia de melhor bilheteria da história do cinema, tendo arrecadado nada menos do que U$ 511 milhões. O título superou o recordista anterior, “Harry Potter e as Relíquias da Morte: Parte 2”.
Paleontólogos x cinema
Mas, assim como a bilheteria, que não para de aumentar, as críticas também chamam atenção na mídia, especialmente dos pesquisadores, irritados com os erros científicos no filme.
Cadê as penas?
Uma das maiores reclamações foi a falta de animais com penas, afinal, nos últimos anos uma grande quantidade de dinossauros com penugem foi descoberta na América do Norte e Ásia. Em entrevista ao jornal Zero Hora, o professor de paleontologia Rodrigo Santucci confirmou que eles eram bastante comuns. Mas ele concorda que não seriam nada interessantes para assustar o público. “Não dou tanta bola para a polêmica das penas, ou da falta de penas. Hoje sabemos que as plumas eram comuns, mas imagine ver um velociraptor todo fofinho devorando pessoas? Não vou dizer que foi acertada a decisão de manter esses dinos ‘pelados’, mas foi coerente”.
Aviário, really?
Um dos problemas que mais irritou Alexander Kellner, pesquisador do Museu Nacional/UFRJ, foi a existência do aviário. No filme, este nome é dado ao local que abriga os pterossauros, porém, o especialista corrige essa informação, explicando que eles não eram aves, mas répteis voadores. Em uma das cenas, eles também atacam as pessoas do parque, sendo capazes de erguê-las e tentar devorá-las, o que não é correto, segundo Kellner: “Alguns pterossauros estão fora de proporção, e, no mundo real, mesmo os maiores não teriam condições de erguer uma pessoa. Aliás, jamais atacariam uma pessoa, pois se alimentavam de peixes ou pequenas presas”.
Violência gratuita
Mostrar os dinossauros como monstros sanguinários e vingativos também enfureceu os cientistas. No Jurassic Park de 1993, por exemplo, os animais eram mostrados como seres sociais e que interagiam com o ambiente. Porém, em entrevista ao Daily Mail, a professora Julia Clarke, da Universidade do Texas, afirma que o novo filme apenas introduz a ideia de que os dinossauros eram “escamosos e agressivos”. O Buzzfeed também abordou essa questão, explicando que, exceto os humanos, nenhum animal caça por esporte. Ou seja, você não veria um animal semelhante ao Indominus Rex, matando todos os bichos à sua volta.
Há também acertos
Porém, o filme não está completamente errado. Os paleontologistas concordam que criar um dinossauro geneticamente modificado, a partir do DNA de fósseis antigos, é mais plausível do que eles voltarem à vida, como o cinema já mostrou.
Erros e acertos à parte, uma coisa é certa: a franquia Jurassic Park ajudou a aumentar o interesse de crianças e adultos pelos seres pré-históricos.
Veja também: 6 tecnologias que saíram dos filmes diretamente para a sua casa
A Magic Web Design desenvolve, desde 1996, soluções completas para empresas de todo o Brasil nas áreas de internet e multimídia, com web sites, gerenciamento de mídias sociais, sistemas on-line, lojas virtuais (e-commerce), apresentações multimídia e diversos outros serviços. https://www.redemagic.com/