Uber é acusado de perseguição e ameaças

Tecnologia

Depois de ser barrado em vários países e enfrentar a resistência de taxistas e políticos, o Uber agora se envolveu em mais uma crise. A empresa foi acusada de desrespeitar a privacidade dos seus usuários e ameaçar jornalistas.

A confusão se formou depois que o site BuzzFeed publicou uma matéria em que afirmava que o vice-presidente do Uber, Emil Michael, estaria disposto a gastar um milhão de dólares para contratar uma equipe de pesquisadores de oposição para desenterrar a sujeira de jornalistas e críticos, e assim os fazer “provar de seu próprio remédio”.

O comentário foi feito durante um jantar realizado em Manhattan, em frente ao que o site chamou de “uma multidão”, que incluía o CEO e cofundador do Uber, Travis Kalanick, o ator Edward Norton e a editora do The Huffington Post, Arianna Huffington.

As afirmações de Michael foram direcionadas principalmente à jornalista Sarah Lacy, editora do site PandoDaily, que recentemente acusou a empresa de sexismo e misoginia, e afirmou que as mulheres não poderiam se sentir seguras com os motoristas do Uber. No jantar, o executivo chegou a afirmar que era muito mais provável uma mulher ser abusada sexualmente por um taxista do que por um de seus motoristas, e que a jornalista deveria ser responsabilizada por todas as mulheres que sofressem abuso depois de excluírem o aplicativo.

O editor do BuzzFeed, que revelou as afirmações, foi convidado para o jantar por outro jornalista, mas em nenhum momento foi solicitado que as opiniões e debates da reunião não fossem publicados.

Em nota, o CEO do Uber afirmou que as opiniões expressas por Michael não representam a política da empresa, e que apenas mostram a falta de liderança e de humanidade do executivo. Porém, declarou que ele não será demitido.

Após o episódio, diversos usuários das redes sociais passaram a pressionar a empresa para que Michael seja afastado, como uma demonstração de que o Uber não concorda com sua postura.

Privacidade

Na mesma reportagem do BuzzFeed, o site revelou que uma de suas jornalistas já foi vigiada pelo executivo do Uber, Josh Mohrer. Ela contou que, ao chegar à sede da empresa, o empresário a aguardava na porta, e afirmou estar observando seus passos através do smartphone.

A profissional já havia experienciado algo parecido, quando recebeu um e-mail com os registros de suas corridas, mostrando os endereços de origem. De acordo com o site, em nenhum momento a jornalista deu autorização para que Josh Mohrer acessasse a sua conta.

A mesma denúncia já havia sido feita pelo investigador Peter Sims, que contou em seu blog que durante uma corrida passou a receber mensagens de texto com sua localização. Segundo ele, em uma apresentação, a empresa mostrou um mapa indicando a exata posição dos carros de “pessoas conhecidas”.

De acordo com a revista Exame, após as revelações, o Uber se posicionou oficialmente sobre o assunto e afirmou que a política da empresa proíbe que seus funcionários acessem as informações de motoristas ou passageiros, e que “A única exceção para essa política é para um número limitado de propósitos de negócios”.

Coleta de dados

A coleta de dados por aplicativos e redes sociais não é uma novidade, como explica Antonio Borba, Diretor Executivo da Magic Web Design/Rede Magic:

É plenamente possível que a empresa desenvolvedora tenha acesso a todos os dados que trafegam no ambiente do aplicativo. Isso mostra que, no fundo, não temos um real controle sobre nossa privacidade. Quanto mais utilizamos um determinado aplicativo, mais ele ‘sabe’ sobre nossas vidas.

Muitas empresas têm usado o recurso de geolocalização dos celulares para otimizar o serviço prestado aos usuários e anunciantes. O Facebook também tem se apropriado de informações pessoais e geográficas dos usuários, aliadas ao login social utilizado em vários sites, para melhorar seu sistema de anúncios. Segundo o site PCWorld, com os dois recursos é possível identificar os sites visitados pelos usuários, inclusive nos mobiles. Deste modo, a empresa refinou a coleta e passou a oferecer aos anunciantes dados mais precisos.

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