Apps derrubam o uso de táxi nos EUA

Tecnologia

Recentemente, a Agência de Transportes Municipais de São Francisco, nos EUA, informou que houve uma queda de 65% na procura de táxis na cidade, fechando o mês de junho deste ano com uma média de 504 corridas por carro, número bem menor que as 1.424 corridas realizadas em março de 2012.

Um dos fatores que especialistas têm apontado para a queda na procura do serviço é a popularização de aplicativos de motoristas sob demanda, ou de caronas, como é a caso do Uber, do Lytf e do Sidecar, que atuam na cidade norte-americana.

De acordo com o blog Link, do Estadão, a diretora da Agência, Kate Toran, parece concordar, e chegou a declarar que a indústria de táxi foi “claramente impactada de maneira geral” pelas empresas de tecnologia.

Os aplicativos não divulgaram dados que possam corroborar a teoria, mas um estudo publicado em agosto pela Universidade de Berkeley, nos EUA, mostrou que 92% das corridas solicitadas pelos apps chegam ao seu destino em menos de 10 minutos, enquanto apenas 16% dos táxis conseguem atingir essa marca. Não só isso, aproximadamente 40% dos táxis avaliados levaram mais de 20 minutos para atender as solicitações.

A pesquisa também constatou que 35% dos entrevistados preferem usar o transporte oferecido pelos aplicativos pela facilidade de pagamento, que pode ser feito através do smartphone, com o cartão de crédito cadastrado previamente. Outros 30% afirmaram que dão preferência a este serviço pois são atendidos em menos tempo.

Resistência

Apesar de o cenário parecer promissor para os apps, as empresas têm enfrentado dificuldades em algumas cidades. Em São Paulo, o Uber é confrontado pela Secretaria Municipal de Transporte, que afirma que o serviço opera clandestinamente na cidade, pois viola a legislação local, que prevê que a atividade só pode ser exercida por táxis, previamente regularizados pela Prefeitura.

Aplicativos de carona podem ajudar na mobilidade urbana? Este foi o tema de um post no Magic Blog sobre os aplicativos que monetizam as caronas, como o Zaznu, que também tem gerado muita polêmica. Em fevereiro deste ano, antes mesmo do seu lançamento oficial, os motoristas de táxi do Rio de Janeiro – cidade teste do app – estavam protestando contra sua implantação. De acordo com o TecMundo, os taxistas consideravam o programa ilegal, e uma forma de estimular os táxis clandestinos. Na época, o desenvolver do aplicativo, Yuri Faber, afirmou que o Zaznu era legal e operava de acordo com a legislação local.

Já em Nova Iorque, a Taxi and Limousine Commission afirmou que os motoristas cadastrados pelos aplicativos não atendem às normas de segurança e de licenciamento, e não têm permissão para oferecer o serviço. Segundo a Exame, a comissão ameaçou multar em dois mil dólares os motoristas que forem flagrados usando o Lyft ou o Uber.

Na Alemanha, o Uber foi temporariamente proibido de atuar. De acordo com a Folha de S. Paulo, o Tribunal de Frankfurt acusa a startup de concorrência desleal, já que não arca com os impostos, não paga seguro e licenças e só por isso conseguiria cobrar preços menores. Em caso de desobediência, o Uber pode ser multado em 250 mil euros por corrida.

O mesmo cenário se repete em diversos países, onde taxistas e sindicatos tentam impedir o funcionamento dos aplicativos. Você acredita que a concorrência dos aplicativos é desleal, ou que os sindicatos estão apenas defendendo uma ideologia ultrapassada? Deixe sua opinião nos comentários.

Leia também: Mobilidade urbana: como apps estão transformando o trânsito

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