Seriam o mercado corporativo e o BYOD a salvação da BlackBerry?
A BlackBerry vai de mal a pior, principalmente graças ao fracasso da venda dos smartphones da marca – em especial o BlackBerry 10, modelo que seria a última tentativa da empresa na área de hardware mobile e que vendeu apenas cerca de 6 milhões de unidades (para comparação, os modelos 5s e 5c de iPhone venderam 9 milhões de unidades em três dias). Contudo, a má fase não impediu a empresa canadense de manter a inovação e o desenvolvimento em algumas áreas, como provou o anúncio de uma solução de segurança para aparelhos móveis voltada para ambientes corporativos, realizada no Gartner Symposium, o maior encontro de CIOs e executivos de TI do mundo.
- A saída para a BlackBerry
Acompanhando o crescimento da tendência de BYOD (Bring your own device), a BlackBerry busca suprir a necessidade em segurança de smartphones e tablets que servem tanto para uso pessoal quanto profissional. Chamada de Enterprise Mobility Management (EMM), a plataforma baseada na nuvem oferece uma forma simples de proteger e administrar o conteúdo de aparelhos usados em organizações e em casa, sendo possível gerenciar aplicativos e permissões por meio de um painel on-line, sem a necessidade do uso de hardware ou software específico.
De acordo com previsões da consultoria Gartner, até 2017 metade das empresas serão adeptas do BYOD, provando que há uma grande chance de crescimento nesse nicho voltado para segurança.
- Maus resultados
Com prejuízo líquido de US$ 84 milhões somente no primeiro trimestre deste ano, a BlackBerry recebeu uma proposta inicial de compra de US$ 4,7 bilhões por parte da Fairfax Financial, uma das principais acionistas da companhia. Empresas como Cisco, Google, LG e Samsung também mostraram interesse na compra, mas apenas por determinadas partes da empresa, o que provocaria uma fragmentação da marca. Entretanto, essa quebra não é bem aceita pelo atual presidente da BlackBerry, Prem Watsa, que deseja manter a empresa inteira e com foco tanto em software quanto em hardware.
Se a venda da BlackBerry não é a melhor opção para salvar a empresa, uma intensa mudança de foco pode fazer toda a diferença. Já consolidada no mercado corporativo, a marca ainda tem forças para se reestruturar e explorar o nicho da segurança mobile no ambiente corporativo, um mercado de vários bilhões e que já está sendo conquistado aos poucos por companhias menores.
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