Facebook é líder em spamming
Enquanto a internet se desenvolvia para alcançar a popularidade que possui atualmente, um pequeno “inimigo” tomava forma: o tão temido e odiado spam. As mensagens, a maioria de cunho publicitário, lotam caixas de entrada de e-mails há anos e aos poucos têm se espalhado para os principais sites acessados em todo o mundo; logo, as mídias sociais também estão sendo invadidas pelos spams.
No primeiro semestre deste ano, o número de publicações não solicitadas nas mídias sociais cresceu 355%, o que significa uma mensagem de spam a cada 200 publicações, segundo a Nexgate, empresa americana de segurança em mídias sociais. O estudo 2013 State of Social Media Spam analisou mais de 60 milhões de postagens e mais de 25 milhões de perfis no Facebook, no Twitter, no Google+, no YouTube e no LinkeIn entre 2011 e 2013.
O maior incentivo desse tipo de postagem nas mídias é o grande alcance que atingem. Se um spam enviado por e-mail é recebido por apenas uma pessoa, nas mídias sociais ele é visualizado por dezenas de milhares de usuários, o que expande a propagação. Além disso, apenas 15% dos social spams possuem link, o que faz que não possam ser rastreados e excluídos com tanta facilidade.
Facebook e YouTube lideram a lista das mídias mais utilizadas para disseminação de spams – para cada postagem suspeita nas demais mídias, há cinco delas no YouTube; o Facebook é o grande campeão, com 100 vezes mais posts contendo spam que qualquer outra mídia. Foi detectado ainda que a cada sete novos registros de usuário em sites de relacionamento, cinco novos perfis falsos de spammers são descobertos, o que faz que o número de postagens com spam aumente mais rapidamente que a quantidade de comentários registrados.
- Mercado negro
Andrea Stroppa e Carlo De Micheli, pesquisadores sobre segurança, deram conta, em pesquisa independente, de que o mercado ilegal de spams fatura cerca de US$ 200 milhões por ano. O estudo foi realizado com cerca de 30 mil fan pages do Facebook em busca de termos e palavras como “click here“, “free”, “wow” e “join“. O esquema de venda de postagens foi descoberto no submundo dos anúncios para movimentar a interação na mídia social, onde cada postagem custa de US$ 13 a US$ 58 de acordo com a quantidade de fãs que a página possui.
Ou seja, enquanto os usuários lutam para deletar e denunciar os spams, há diversas fan pages indo na contramão do crescimento de conteúdo de qualidade, comprando esse tipo de serviço que apenas aumenta cada vez mais a circulação de mensagens indesejadas no Facebook.
- Spams de usuários
Mas nem só por spams comerciais o Facebook é assombrado. Há muitos usuários que vinculam a mídia social a aplicativos por meio do Facebook Login. Essa ferramenta faz que o acesso a diversos aplicativos seja facilitado com a vinculação de apps com o Facebook, mas também permite que milhares de mensagens sejam postadas na timeline sem que o devido controle seja feito.
A maioria das pessoas não quer acompanhar exatamente tudo o que acontece nos serviços utilizados pelos contatos – todas as músicas ouvidas, os metros percorridos nos exercícios físicos, o que é ingerido de acordo com determinada dieta, entre outros acompanhamentos. Para mudar essa situação, em agosto o Facebook liberou uma atualização do serviço de login mobile que pede permissão ao usuário antes de postar qualquer mensagem relacionada a aplicativos vinculados. A promessa é melhorar a cara dos feeds de notícias e dar mais privacidade aos usuários.
- Denunciando spams
De qualquer modo, todo usuário, principalmente do Facebook, pode denunciar conteúdos em postagens que considerar como spam, auxiliando a “limpeza” do site. Já se perceber que o próprio perfil está enviando mensagens suspeitas sem autorização, a Central de Ajuda recomenda que a senha seja redefinida para garantir a segurança e impedir a possível invasão por spammers.
Veja também: Facebook determina mudanças na forma de pagamento de anúncios.
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