Good Housekeeping, a revista em defesa do consumidor
Cada dia aumentam mais os casos de produtos comprados e pagos que não são entregues em perfeito estado ou no prazo correto. No Brasil, apesar das leis e do PROCON – Órgão de Proteção e Defesa do Consumidor – a favor dos consumidores, apenas 60% dos milhares de casos registrados nos últimos cinco anos foram resolvidos. Segundo o Órgão, das ocorrências contabilizadas ao longo desses anos quase 80% são reclamações.
Os consumidores americanos não têm PROCON, mas possuem outro anjo da guarda. A revista Good Housekeeping, apesar do nome, não é um simples periódico para donas de casa, mas sim uma publicação fanática pela proteção ao consumidor, que está no mercado desde o começo do século XX. Nos laboratórios próprios, a revista chega a analisar a reputação de mais de 5 mil produtos por ano e, para as marcas, receber o selo de aprovação é como ganhar na loteria.
Atualmente, é a campeã de vendas nos EUA, além de referência na defesa do consumidor. Sempre com atuação radical, antecede-se à ação de vários órgãos regulatórios americanos e enquanto um problema já ocorrido é investigado, a revista se antecipa, alertando os consumidores para que não comprem determinado produto. Um exemplo dessa ação pioneira aconteceu na década de 1950, quando mesmo antes das conclusões americanas de que havia relação entre o tabagismo e o câncer, a Good Housekeeping já não aceitava publicidade de marcas de cigarro nas publicações.
Para firmar ainda mais a credibilidade das informações que divulga, a revista ainda assume total responsabilidade sob os produtos que anuncia. Caso o leitor e consumidor adquira o produto e o receba com algum defeito, quem arca com o reembolso é o periódico, e não o fabricante.
Como nem todos os países têm a sorte de possuir uma Good Housekeeping para auxiliar tanto na defesa do consumidor como nas decisões de compra, o que continua funcionando no Brasil e no mundo, para analisar a qualidade do produto ou qualquer outro atributo, é a opinião de pessoas de relevância ou confiança. Além disso, as mídias sociais, que são a segunda fonte mais consultada para reclamações sobre empresas, ganham importância maior e impactam cada vez mais na decisão de compra dos consumidores.
O site Reclame Aqui também é uma das fontes mais consultadas quando o assunto é a reputação das marcas e representa outra saída para os consumidores brasileiros insatisfeitos. Nele é possível tanto cadastrar uma reclamação quanto visualizar todos os comentários sobre diversas empresas que atuam no Brasil. Além disto, o site possibilita ao consumidor comparar até cinco empresas diferentes e disponibiliza o serviço de acompanhamento de compras. Segundo ranking do Reclame Aqui, as marcas que mais geram reclamações atualmente estão ligadas à telefonia e internet.
E você, quando busca referências sobre empresas e produtos ou está insatisfeito recorre ao PROCON, mídias sociais, sites como o Reclame Aqui ou outra alternativa?
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