Twitter muda e se fecha para desenvolvedores
A ideia inicial do Twitter (ou twttr, como era conhecido em 2006) era ser uma ferramenta interna de uma plataforma de podcasts. A comunicação rápida com grupos de pessoas usando SMS era o foco, daí vem o limite de 140 caracteres, que é a mesma limitação de uma mensagem de texto via celular.
Ganhou muita popularidade e cresceu devido à velocidade com que a informação corria pela rede. Informação essa que era de todos os tipos: de notícias importantes sobre o mundo até pequenos acontecimentos do dia a dia. A promessa feita logo na página inicial – “Descubra o que está acontecendo, agora mesmo, com as pessoas e organizações que lhe interessam” – sempre foi tentadora e, mais que só uma promessa, um fato.
Um dos elementos que contribuíram para o crescimento foi a API pública do Twitter – uma chave de acesso para que desenvolvedores pudessem incorporar a rede aos seus aplicativos –, que ajudou a difundir o passarinho azul pela internet. Aplicativos para desktop, apps móveis e uma infinidade de sites que extraíam dados dos usuários e faziam coisas diferentes e legais com o conteúdo e os seguidores.
Entre todas as mudanças de público de que já falamos ou as quais questionamos aqui no blog, a última foi bloquear o acesso dos aplicativos de terceiros à API do site. Sem essa chave de acesso, aplicativos não oficiais da empresa tornam-se inúteis. Mantendo esse controle em mãos, a rede delega o recurso que desejar para a empresa que achar mais conveniente.
Se antes podiam ser criados diversos aplicativos – como Echofon e Tweetbot – para concorrer com o Twitter, agora isso não é mais possível. Nas próprias palavras da empresa: “Todos os aplicativos que replicam a experiência central do Twitter, geralmente chamados ‘clientes’, terão algumas restrições aplicadas, incluindo um limite de 100 mil tokens. Para ficar mais claro, o limite de 100 mil tokens só se aplica a um pequeno número de clientes que replicam a experiência central do Twitter – ele não se aplica à maioria das outras aplicações no amplo ecossistema”.
Com essa medida, o Twitter prejudica a todos os desenvolvedores que investiram tempo e dinheiro para criar um app melhor que o oficial. Um dos mais prejudicados foi o Tweetro, um cliente feito especificamente para o Windows 8. Atta Elayyan, cofundador da Lazyworm Applications, desenvolvedora do aplicativo, entrou em contato com os dirigentes do microblog quando o Tweetro atingiu 100 mil usuários e a resposta foi: “Infelizmente parece que o seu serviço não supre uma lacuna que nossos produtos atuais ou futuros já não supram. Assim, ele não é elegível para ser uma exceção”. Em suma, o cliente não poderá possuir mais que 100 mil usuários e não há nada que se possa fazer para reverter a situação até o momento.
Ainda não se sabe ao certo qual é a finalidade de todas essas alterações que o Twitter vem fazendo em sua política de uso, por hora podemos aguardar uma nova manifestação da empresa e ver para onde será o novo voo da rede do passarinho.
Veja também: Path, a antirrede social.
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